back to top

Leucemia Mieloide Crônica | Tratamento

https://youtu.be/O8_cQ0XTlMA

O câncer que se origina do intestino é chamado de câncer colorretal ou do cólon e reto. Apesar do nome dar a ideia do acometimento de todo intestino, essa doença é predominantemente originada no intestino grosso. Os tumores do intestino delgado ou intestino fino são muito raros.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) o câncer colorretal é o segundo tumor mais frequente tanto em homens quanto em mulheres e a terceira maior causa de morte por câncer no Brasil em 2020. Portanto, bastante frequente, representando um em cada 10 tumores diagnosticados.

O risco de uma pessoa desenvolver esse tipo de câncer durante a vida é de aproximadamente 5%. Cerca de dois terços dos tumores de intestino grosso se instalam no cólon, enquanto um terço tem origem no reto.

Ele acomete de modo relativamente semelhante homens e mulheres, geralmente depois dos 65 anos de idade. Mais de 90% dos casos ocorrem em indivíduos com mais de 50 anos. Entretanto, o câncer de intestino em jovens, isto é, em pessoas com menos de 50 anos dobrou entre 1993 e 2103.

O intestino grosso é formado pelo cólon e pelo reto. O cólon divide-se em quatro partes: ascendente (situada no lado direito do abdome), transverso (na parte superior), descendente e sigmoide (situadas no lado esquerdo do abdome). Ele é a parte do intestino grosso que comunica o intestino delgado (formado pelo jejuno e íleo) com o reto, sendo a parte do aparelho digestivo responsável por absorver a água, permitindo a formação do bolo fecal.

Localização do cólon e do reto.

O reto, que liga o cólon ao ânus, divide-se em três partes: alto, médio e baixo. O reto alto situa-se dentro da cavidade peritoneal (membrana que reveste os órgãos abdominais). Já as porções média e baixa são extraperitoneais.

O câncer colorretal surge a partir de uma célula do revestimento interno do intestino, chamada de mucosa. Essas células podem crescer para o interior do intestino, formando proliferações como os pólipos ou mesmo os tumores. Quando essas células crescem em direção à profundidade do órgão, elas podem atingir a segunda camada, chamada de muscular, e com a progressão podem até atingir a última camada, chamada de adventícia ou serosa.

Com o crescimento do tumor em seu local primário, a lesão pode crescer mais e invadir os órgãos vizinhos, como a próstata e bexiga, ou mesmo perfurar para dentro da cavidade abdominal através do peritônio, membrana que reveste os órgãos abdominais.

Das últimas camadas mais externas originam-se toda drenagem venosa e linfática do intestino e, se as células malignas chegarem até lá elas têm a oportunidade de cair na circulação sistêmica e se disseminar.

A primeira via de drenagem converge para os linfonodos, que são estruturas de defesa do organismo. Quando as células chegam ao linfonodo, elas podem colonizar essa estrutura e fazer uma metástase linfonodal. Se essas células circularem pela corrente sanguínea, elas podem se instalar em outros órgãos e gerar as metástases viscerais.

Os locais de predileção para a instalação de uma metástase originada de um câncer de intestino é o fígado, mas também podem ocorrer implantes nos pulmões e no peritônio. Mais raramente, podem ocorrer metástases para o osso e para o cérebro. Os tumores do reto, em particular, tendem a acontecer primeiramente no pulmão, mas não exclusivamente.

Crescimento local e regional do câncer colorretal. Note que o câncer, ao crescer, passa a invadir a mucosa, a camada muscular e a camada adventícia para atingir, pelas vias linfáticas, os linfonodos regionais.

Crescimento à distância do câncer colorretal. Note que o câncer pode comprometer principalmente o fígado, mas também os pulmões, o peritônio e os ossos.

Assim, se as células do câncer colorretal atingiram o fígado, o paciente tem células malignas do tumor colorretal nesse órgão e não um tumor primário de fígado. O tratamento, portanto, é direcionado para tratar o câncer colorretal metastático e não um tumor primário de fígado.

Assim, se as células do câncer colorretal atingiram o fígado, o paciente tem células malignas do tumor colorretal nesse órgão e não um tumor primário de fígado. O tratamento, portanto, é direcionado para tratar o câncer colorretal metastático e não um tumor primário de fígado.

Hoje, o tratamento para a LMC está muito avançado e a maior parte dos pacientes conquista a remissão completa (quando não consta mais sinal da doença nos exames). O médico é quem definirá qual a melhor opção terapêutica.

Inibidores

Os chamados inibidores da tirosina quinase são uma grande revolução da ciência e hoje tornaram-se o tratamento padrão para este tipo de leucemia. Também chamados de terapia-alvo, este tipo de medicamento trouxe excelentes resultados para os pacientes, possibilitando-os viver bem por décadas, sem nem mesmo apresentar sinais da doença no organismo, com poucos (ou sem) efeitos colaterais.

São eles:

Imatinibe

Tratamento de primeira linha, foi o primeiro medicamento alvo contra a tirosina quinase BCR-ABL, e hoje é o tratamento padrão para os pacientes com LMC.

Ele é administrado via oral e costuma ser muito bem aceito, mas dentre os principais efeitos colaterais estão náuseas, diarreia, dor muscular e fadiga.

Muitos medicamentos e até mesmo algumas frutas (como a cranberry e grapefruit) podem interferir na ação do medicamento, por isso antes converse com seu médico.

Este medicamento tem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e é distribuído gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Dasatinibe

Considerado no Brasil um medicamento de segunda linha, hoje é indicado para os pacientes com LMC em fase crônica recém diagnosticada, para os que não apresentaram os resultados esperados com o Imatinibe e para pacientes com LMC em fase acelerada ou blástica.

Ele também é administrado via oral e objetiva inibir a tirosina quinase BCR-ABL. Seus possíveis efeitos colaterais são náuseas, diarreia e erupções cutâneas.

Este medicamento tem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e é distribuído gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Nilotinibe

Outro inibidor de tirosina quinase, tem como alvo a proteína BCR-ABL e também é administrado via oral.

Este medicamento é considerado de primeira linha no Brasil, e é indicado para os pacientes com LMC recém diagnosticada, para os que não respondem ao Imatinibe, e também para aqueles que não apresentaram resultados com o Dasatinibe.

Dentre os principais efeitos colaterais estão náuseas e diarreia. Este medicamento também pode afetar o ritmo do coração, causando a chamada síndrome QT longo. Por este motivo os pacientes precisam realizar eletrocardiograma periodicamente.

Este medicamento tem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e é distribuído gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Bosutinibe

Atualmente apenas aprovado nos Estados Unidos, é um inibidor da tirosina quinase BCR-ABL. Ele é utilizado nos pacientes que têm uma piora da doença (fase blástica), e que não respondem mais às três primeiras opções de tratamento.

Este medicamento ainda não está disponível no Brasil.

Ponatinibe

Ainda que raramente, alguns pacientes em tratamento com os inibidores de tirosina quinase desenvolvem a mutação T315I, que atrapalha a ação destes medicamentos. Atualmente, apenas o Ponatinibe consegue deter essa mutação. Ele também é um inibidor da tirosina quinase, e pode causar efeitos colaterais como dor de cabeça, problemas de pele e fadiga. Também existe um risco de formação de coágulos sanguíneos, que podem provocar complicações cardíacas, por isso a importância do acompanhamento médico, por meio de eletrocardiograma.

O transplante de medula óssea também é opção de tratamento neste caso.

Lembre-se! É fundamental seguir com o tratamento ininterruptamente, e sempre ser acompanhado por um especialista.

Imunomodulador

Também chamado por modulador da resposta citogenética, o Interferon é opção para o tratamento da LMC. Essa é uma proteína existente em nosso organismo com o objetivo de combater doenças, e foram recriadas em laboratório com a mesma finalidade.

São dois os tipos de Interferon existentes: o alfa e o beta. Para o tratamento da leucemia, o alfa é o escolhido.

Este medicamento é administrado por via intramuscular e pode provocar efeitos colaterais como dores musculares, febre, dor de cabeça, fadiga, náuseas, vômitos.

O Interferon tem registro no Brasil, mas não é distribuído gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Quimioterapia

Ela só será recomendada caso o paciente não responda bem aos inibidores de tirosina quinase.

Este tratamento utiliza medicamentos extremamente potentes no combate ao câncer, como a Hidroxiureia, com o objetivo de destruir, controlar ou inibir o crescimento das células doentes. Outras drogas, como a Citarabina, Busulfan, Ciclofosfamida e Vincristina, também são utilizadas.

A Hidroxiureia também se utiliza no contexto de controle e diminuição da doença antes de iniciar o tratamento com os inibidores de tirosina quinase.

Sua administração é feita em ciclos, com um período de tratamento, seguido por um período de descanso, para permitir ao corpo um momento de recuperação.

Alguns efeitos colaterais podem surgir, como enjoo, diarreia, obstipação, alteração no paladar, boca seca, feridas na boca e dificuldade para engolir. Mas saiba que existem alternativas para amenizar cada um deles. A nutrição é uma importante aliada na sua melhora.

A queda de cabelo também costuma acontecer, pois a quimioterapia atinge as células malignas e também as saudáveis, em especial as que se multiplicam com mais rapidez, como os folículos pilosos, responsáveis pelo crescimento dos cabelos. Nessa fase, busque por alternativas como lenços, bonés, chapéus ou perucas, caso se sinta mais à vontade.

A imunidade baixa, comum a esta fase do tratamento, pode facilitar o surgimento das infecções. A febre é o aviso de que um processo infeccioso está começando, então não deixe de procurar seu médico. Se for necessário, medicamentos serão administrados.

Mas com pequenos cuidados, como lavar as mãos com frequência, você pode evitar que essas temidas infecções apareçam.

Sua administração é feita em ciclos, com um período de tratamento, seguido por um período de descanso, para permitir ao corpo um momento de recuperação, e o uso de cateteres geralmente é necessário.

Radioterapia

Este procedimento é bastante raro em leucemias, mas pode ser indicado antes do transplante de medula óssea, no chamado tratamento de condicionamento, e também para diminuir o tamanho do baço e até possíveis dores ósseas. Nele, são utilizadas radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais.

Os efeitos colaterais vão depender da localização em que o procedimento será realizado. Geralmente, o paciente pode apresentar problemas de pele, como ressecamento, coceira, vermelhidões ou descamação.

Transplante de medula óssea

Também chamado por transplante de células-tronco hematopoéticas, este procedimento só será recomendado quando a quimioterapia não surtir resultado, e o paciente estiver com a doença bastante acelerada (a chamada crise blástica). Neste caso o transplante deverá ser realizado posteriormente a um tratamento quimioterápico para redução ou eliminação da leucemia.

O tipo de transplante indicado é o alogênico (por meio de um doador 100% compatível) ou por doador familiar 50% compatível (haploidêntico). Cabe à equipe responsável pelo transplante a escolha da sua modalidade e do doador.

Monitorando a Leucemia Mieloide Crônica

Monitorar de perto como os medicamentos estão agindo no organismo é parte fundamental do tratamento. O PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) é o exame que trará as respostas necessárias.

Com amostras de sangue periférico ou de medula óssea do paciente, o PCR irá medir a quantidade de material genético contendo o gene BCR-ABL. Feito em laboratório, este exame é bastante sensível e pode detectar quantidades mínimas deste gene, em meio a milhões de células saudáveis, garantindo uma resposta eficiente.


Atualização: Dr. Breno Moreno de Gusmão – CRM 166.471
Hematologista na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
e Dra. Natália Pin Chuen Zing – CRM 151.758
Hematologista na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
Apoio: Dra. Jéssica Ribeiro Gomes – CRM: 159784
Oncologista Clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
Março 2022

Os tipos desse câncer podem ser divididos em:
Adenocarcinoma

É responsável por mais de 95% dos casos. Dos tumores do cólon, aproximadamente dois terços dos adenocarcinomas localizam-se no lado esquerdo; os demais, no lado direito do cólon.

Tipos mais raros

São os tumores neuroendócrinos, o tumor estromal do trato gastrintestinal, conhecido também como GIST (da sigla em inglês), e os linfomas. Eles são responsáveis por apenas 5% dos casos.

Atualização: Dr Fabio Kater – CRM 99002
Oncologista clínico – BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
Apoio: Dr. Daniel Vargas Pivato de Almeida – CRM 27.574
Oncologista clínico – Grupo Oncoclínicas – Brasília-DF
Março 2022

Selecione uma área para saber mais:

O que é?

Diagnóstico

Fatores de Risco

Prevenção

Recaída

Sintomas

Tratamento