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Melanoma/Câncer de pele | Diagnóstico

Não melanoma

Os casos de câncer de pele são, em geral, diagnosticados pelos dermatologistas. O tipo de biópsia a ser realizada depende da localização e das características da lesão:

  • Biópsia excisional: remoção cirúrgica de toda a lesão com um bisturi
  • Biópsia incisional: remoção cirúrgica de parte da lesão com um bisturi
  • Biópsia tipo punch: retirada de uma pequena amostra da lesão com um dispositivo cilíndrico, oco, mas com bordas afiadas, que remove uma parte cilíndrica do tumor
  • Biópsia tipo shaving: retirada somente da parte superficial da lesão com uma lâmina afiada. Esse tipo de biópsia é comumente realizado em áreas em que se quer evitar cicatriz, como a face.

O material removido pela biópsia será então analisado pelo patologista.

 

Melanoma

A biópsia é necessária para o diagnóstico. Idealmente, a pinta suspeita deve ser totalmente removida (biópsia excisional). Se isso não for possível, recomenda-se uma biópsia que remova um pequeno cilindro da pinta suspeita (biópsia tipo punch).

A biópsia que tira a parte superficial da pinta, chamada shaving, não é recomendável nos casos de suspeita de melanoma, porque interfere com a avaliação patológica da profundidade da lesão, parâmetro essencial para o planejamento terapêutico.

Pintas com suspeita de câncer de pele

Cortesia de Dra. Cristina Abdalla

Nunca se deve cauterizar nem queimar ou clarear com laser uma pinta que seja suspeita de melanoma. Somente lesões de pele que são indubitavelmente benignas podem ser cauterizadas.

Para determinar se uma pinta deve ou não ser removida, é comum o médico (em geral o dermatologista) lançar mão de uma técnica chamada dermatoscopia. Para isto ele usa um dermatoscópio, aparelho que magnifica a pinta de 10 a 70X. Dependendo das características da pinta, o médico indica ou não a remoção da pinta. As imagens das pintas podem também ser digitalizadas em um computador para ver se mudam com o tempo ou não.

Estadiamento

Melanoma

A avaliação da extensão do comprometimento pelo tumor ou se o tumor se espalhou para outras regiões do corpo, como gânglios, pulmão, fígado, cérebro, entre outros, é chamada de estadiamento. A partir desses exames, são definidos grupos que ajudam na definição da estratégia de tratamento dos pacientes.

O estadiamento TNM é dividido de acordo com o tamanho (T) ou grau de “penetração” da pinta nas camadas da pele (índice de Breslow) e a presença ou não de ulceração na pinta (ruptura da pele com ou sem sangramento). O N representa o grau de acometimento dos gânglios, e o M, a extensão do acometimento para outros órgãos.

O melanoma considerado in situ apresenta crescimento apenas horizontal na pele, sem penetração nas suas camadas profundas.

O estádio I é dividido entre IA quando apresenta profundidade (Breslow) menor que 0,8 mm sem ulceração; e IB quando menor que 0,8 mm com ulceração ou entre 0,8 mm e 1 mm, independente da ulceração, e entre 1 mm e 2 mm sem ulceração.

O estádio II é dividido em IIA quando apresenta profundidade (Breslow) de 1 mm a 2mm com ulceração ou entre 2 e 4 mm sem ulceração. O estádio IIB é quando apresenta profundidade entre 2 e 4 mm com ulceração ou maior que 4 mm sem ulceração. E estádio IIC quando apresenta profundidade > 4 mm com ulceração.

O estádio III é dividido em 4 grupos (IIIA, IIIB, IIIC e IIID) de acordo com o número de gânglios (linfonodos) acometidos pelo melanoma ou com a presença de metástases satélites, ou seja, lesões de melanoma próximas à região de onde foi ressecado o tumor inicial.

O estádio IV é dividido em 4 grupos: IVA quando acomete apenas a pele, músculos e gânglios distantes; IVB quando acomete pulmão com ou sem os sítios do grupo A; IVC quando acomete vísceras com ou sem sítios do grupo A e B; e IVD quando acomete cérebro com ou sem sítios dos grupos A, B ou C.

 

Técnica da pesquisa de linfonodo sentinela.

Técnica da pesquisa de linfonodo sentinela.

No local em que a lesão está ou foi removida, injeta-se uma substância radioativa e um corante azul. Esses materiais entram nos canais linfáticos e se dirigem a um ou mais linfonodos da cadeia ganglionar mais próxima. Um linfonodo (ou às vezes mais de um) que acumular o material radioativo e o corante azul é chamado de linfonodo sentinela. Esse linfonodo é então removido para análise patológica para averiguar se contém ou não células malignas.

Em pacientes com melanoma e somente um linfonodo sentinela envolvido, independentemente da profundidade do tumor, o ganho com a realização de exames de imagem, tais como tomografias, é altamente questionável. Esses exames, em geral, não mostram outras metástases, entretanto podem revelar alterações benignas (como cicatrizes de pneumonia e tumores benignos) em até 20% dos casos, gerando dúvidas e muita ansiedade.

Os exames de imagem no estadiamento do melanoma são úteis em pacientes com comprometimento grosseiro dos linfonodos regionais. O PET-TC (tomografia computadorizada por emissão de pósitrons) é mais sensível do que a tomografia computadorizada isolada no estadiamento de melanomas, mas só é realmente útil quando os linfonodos regionais estão comprometidos de modo grosseiro.

O PET-TC é mais indicado no estadiamento de melanoma quando o paciente tem aparentemente um único local de metástase (por exemplo, o pulmão) e a cirurgia para sua remoção está programada.

Em pacientes com comprometimento de órgãos internos, é importante a realização de uma ressonância nuclear magnética do cérebro, pois este é um órgão comumente afetado pelo melanoma.

 


Atualização: Dra. Veridiana Pires De Camargo – CRM: 113175
Oncologista Clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
Apoio: Dra. Jéssica Ribeiro Gomes – CRM: 159784
Oncologista Clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
Fevereiro 2022

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