Aliança Nacional pela Eliminação do Câncer do Colo do Útero reúne lideranças para avançar em estratégias de vacinação e prevenção

Compartilhe:

Sumário

Compartilhe:

A Aliança Nacional Eliminação do Câncer do Colo de Útero realizou, no dia 6 de outubro, em Brasília, a reunião estratégica Educação, Saúde e Sociedade Civil contra o Câncer do Colo do Útero. O encontro, liderado pelo Instituto Vencer o Câncer e pelo Grupo Mulheres do Brasil, mobilizou autoridades, representantes de entidades, organismos nacionais e internacionais com o objetivo de discutir estratégias conjuntas para ampliar a vacinação contra o HPV, fortalecer a prevenção e aprimorar o diagnóstico precoce da doença.

Participaram do debate representantes do Ministério da Saúde, Ministério da Educação, Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), além de outras instituições.

As principais propostas discutidas foram:

  • a mobilização para o resgate vacinal de adolescentes entre 15 e 19 anos;
  • o fortalecimento do Programa Nacional de Vacinação nas escolas;
  • o apoio à ampliação do teste molecular de HPV no Sistema Único de Saúde (SUS).
Aliança Nacional pela Eliminação do Câncer do Colo do Útero reúne lideranças para avançar em estratégias de vacinação e prevenção

Para Ana Maria Drummond, diretora institucional do Instituto Vencer o Câncer, o formato do encontro foi decisivo para estimular um diálogo mais produtivo e alinhado às necessidades reais de implementação.

“A proposta foi realizar uma verdadeira reunião de trabalho, com diversas instâncias representativas. Essa diversidade de vozes tornou o debate muito mais rico e assertivo, fortalecendo o papel da sociedade civil em potencializar todas essas frentes de trabalho”, destacou Ana Maria.

Durante a reunião, o Secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, ressaltou a importância de fortalecer o diálogo com a atenção primária e de compreender o caráter específico da doença.

“A oportunidade que temos de revisitar isso (a prevenção do câncer do colo do útero e a vacinação contra o HPV) é fundamental. E, para isso, é preciso ter a paciência histórica de fazer a entrada e a conversa nas Unidades Básicas de Saúde para uma ‘catarse’”, afirmou. “Trata-se de uma doença com uma característica: ela hoje está 99% implicada com o HPV. Portanto, uma doença que tem a característica do padrão infectológico de transmissão sexual e que tem tido um comportamento de se apresentar e estabelecer, inclusive, em quadros graves e em situação de idade bastante jovem.”

O secretário também destacou as estratégias apresentadas por Renata Reis, coordenadora da iniciativa de implementação do novo rastreamento do câncer do colo do útero na Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. Em sua exposição, ela apresentou o planejamento para a implantação do teste molecular de HPV em municípios priorizados, com foco na preparação da estrutura e da rede para atender à demanda gerada pelo rastreamento organizado.

Para Fabiana Peroni, diretora de Projetos e Parcerias do Grupo Mulheres do Brasil, o encontro foi marcado por uma forte sinergia entre os diferentes setores e pela disposição para construir soluções de forma colaborativa.

“Foi uma reunião de trabalho muito rica, com uma potência enorme, porque conseguimos reunir diferentes áreas, como representantes da sociedade civil, CONASEMS, Ministério da Educação, saúde indígena e outros setores do Ministério da Saúde”, ressaltou. “O mais impactante foi perceber essa abertura. A discussão foi: o que a sociedade civil pode fazer para apoiar e não reinventar a roda?”

Segundo ela, diversas oportunidades surgiram a partir do diálogo, como o uso de ferramentas e programas já existentes para promover a vacinação. “O Ministério da Educação, por exemplo, sugeriu enviar mensagens pelo aplicativo do programa Pé de Meia; a área de saúde digital propôs incluir alertas no Meu SUS Digital. Cada instituição colocou na mesa o que podia oferecer, e agora o desafio é potencializar tudo isso de forma coordenada”, contou. “O que nos move é fazer juntos o que for preciso para alcançar mais jovens agora e, no médio e longo prazo, eliminar o câncer do colo do útero”, afirmou Fabiana Peroni.

“Daremos seguimento envolvendo as demais organizações da Aliança nas ações de curto prazo, que devem ser implementadas até dezembro, tendo como foco o aumento da cobertura vacinal entre adolescentes, no fortalecimento do Programa Nacional de Imunização (PNI)”, concluiu Fabiana.

Janete Vaz, cofundadora e VP do Conselho de Administração do Grupo Sabin, ressaltou o trabalho que já está em andamento em Brasília. “Nós, do Grupo Mulheres do Brasil, estamos unidas nessa causa! Em parceria com as Secretarias de Saúde e Educação, temos promovido ações de conscientização em escolas, envolvendo professores, alunos e pais. Profissionais voluntários da saúde esclarecem dúvidas e orientam sobre a importância da vacina contra o HPV. A capacitação dos professores como multiplicadores tem sido fundamental, e já vimos que o trabalho prévio de sensibilização aumenta significativamente a adesão à vacinação. Seguimos mobilizando a sociedade para fortalecer essa luta!”

Aliança Nacional pela Eliminação do Câncer do Colo do Útero 

A Aliança Nacional pela Eliminação do Câncer do Colo do Útero é um movimento colaborativo lançado em 2024 pelo Instituto Vencer o Câncer e o Grupo Mulheres do Brasil, que une sociedade civil, governos e empresas para combater o câncer de colo de útero no país. 

A Aliança visa promover a vacinação contra o HPV, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado da doença, buscando erradicar este tipo de tumor altamente prevenível, mas que ainda causa muitas mortes no Brasil devido à falta de informação e de acesso a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento. 

Publicação: 13/10/2025 | Atualização: 13/10/2025

Pesquisa Clínica

Novos tratamentos e medicamentos, com segurança e eficácia, de forma gratuita. Conheça.

Busque novas possibilidades de tratamento

Se você busca novas opções de tratamento para si ou para alguém próximo, encontre aqui estudos clínicos com recrutamento aberto. Participar é uma forma de acessar novos tratamentos e contribuir com a evolução da medicina.