A incidência de tumores gástricos em países como Japão, China e nas Coreias é bastante elevada. Saquê, fumo, alimentos defumados e extremamente salgados, além de pré-disposição genética colaboram. Por conta disso, a detecção precoce, com endoscopias e radiografias, é feita em massa, mesmo em indivíduos que não apresentam sintomas.
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No caso do Brasil, não há esse tipo de rastreamento. Dessa maneira, como é possível detectar um tipo de câncer que, se não diagnosticado em estágio inicial, às vezes tem prognóstico ruim?
Segundo a oncologista Mirielle Nogueira, é preciso ficar muito atento aos sintomas. Cânceres gástricos são mais comuns em homens (ainda não se sabe o motivo) com mais de 50 anos e costumam se manifestar por meio da perda de peso sem causa específica, vômito com sangue, dor de estômago frequente, má digestão e dor abdominal.
“Além disso, se o paciente tem histórico familiar, é importante investigar fazendo endoscopias e sempre procurando orientação de um gastro. Não ignorar pequenos incômodos também é fundamental, porque na fase inicial muitos tumores se apresentam de forma inespecífica, e às vezes a pessoa pensa que é somente uma dor de estômago, um refluxo ou uma úlcera, e não investigando”.
Atente também para os alimentos que você costuma ingerir, porque a alimentação tem papel fundamental na prevenção dos tumores gástricos. Indivíduos com dietas ricas em alimentos defumados, carne e vegetais em conserva ou embutidos têm risco aumentado de câncer de estômago. Nitratos e nitritos são substâncias comumente encontradas em carnes curadas, que podem ser convertidas por certas bactérias (como a H. Pylori) em compostos que causam câncer de estômago. Por outro lado, há indícios de que comer frutas e verduras frescas ajuda a diminuir o risco da doença.
O Instituto Vencer o Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada pelos oncologistas Dr. Antonio Carlos Buzaid e Dr. Fernando Cotait Maluf, com atuação em 3 pilares: (1) Informação de excelência e educação para prevenção do câncer. (2) Implementação de centros de pesquisa clínica para a descoberta de novos medicamentos. (3) Articulação para promoção de políticas públicas em prol da melhoria e ampliação do acesso à prevenção, ao tratamento e à cura do câncer.