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ASCO 2018 terá estudos que tiveram a participação de centro de pesquisa de São Paulo

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No encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, a Asco 2018, que será realizado de 1 a 5 de junho, em Chicago, nos Estados Unidos, laboratórios vão apresentar resultados parciais de estudos clínicos que tiveram a participação de hospitais brasileiros. Essas pesquisas envolvem medicamentos que estão sendo estudados no Brasil e em outros países e são usados no tratamento de tumores de mama, próstata, melanoma, bexiga, pulmão, linfoma, entre outros.

Na ASCO, os investigadores principais apresentam os dados coletados em todos os centros de pesquisas participantes para oncologistas e hematologistas. A participação dos centros de pesquisa brasileiros geralmente se resume aos estudos clínicos nas fases 2 e 3. “Essas pesquisas comparam, por exemplo, uma droga nova com o tratamento convencional, testam a segurança e eficácia do medicamento, ou são questionários de qualidade de vida para ver como o paciente reage ao tratamento”, explica Gislaine Mancin, supervisora de pesquisa clínica da BP – a Beneficência Portuguesa.

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Gislaine Mancin, Supervisora de Pesquisa Clínica da BP.

O trabalho começa no recrutamento, quando é avaliado se o candidato atende a todos os critérios para ingressar no estudo clínico. Quando ele ingressa, o paciente é acompanhado de perto pela equipe: todas as consultas médicas e todos os exames determinados na pesquisa são feitos no hospital. No Centro de Pesquisa em Oncologia da BP Educação as equipes responsáveis pelo desenvolvimento dos estudos clínicos são lideradas por oncologista e hematologistas, como Antonio Carlos Buzaid, Fernando Maluf, William N. William Jr e Phillip Scheinberg.

Os investigadores coletam todos os dados observados durante o período do estudo clínico e os enviam para o laboratório. “Esses dados são, por exemplo, se o paciente teve uma dor de cabeça na primeira tomada ou na segunda tomada, se teve fadiga, se houve alguma intercorrência. Tudo é relatado”, explica Gislaine Mancin.

Os dados coletados que são enviados para o laboratório servirão para definição da dosagem e elaboração da bula, por exemplo. Por isso, a qualidade do que é coletado é fundamental. “O paciente que participa do estudo clínico tem contato direto com a equipe. Ele vem mais vezes ao hospital, faz mais consultas e é acompanhado pela nossa equipe, garantindo toda a segurança da pesquisa”, afirma.

Atualmente, 50 pesquisas clinicas em oncologia e hematologia estão registradas no Centro da BP e mais de 200 pacientes já participaram dos estudos. O paciente que participa de uma pesquisa clínica recebe o tratamento gratuitamente e a duração de cada estudo varia de 2 a 3 anos. “Participar de um estudo clínico possibilita ao paciente ter contato com uma droga nova que pode trazer benefícios para ele e um contato mais rápido com uma terapia melhor que demoraria para ser comercializada no Brasil”, conclui Gislaine.

Plataforma de Busca do Instituo Vencer o Câncer completa um ano

Participar de um estudo clínico é uma importante oportunidade para o paciente ter acesso a novos medicamentos e tratamentos que ainda não estão disponíveis. E para informar quais estudos estão abertos para o recrutamento, o Instituto Vencer o Câncer lançou há um ano a Plataforma de Busca Ativa por Estudos Clínicos Oncológicos e Onco-Hematológicos.

Em um ano de funcionamento, a plataforma já registrou 140 estudos clínicos. Atualmente, a ferramenta conta com 72 estudos abertos para recrutamento. Qualquer pessoa pode acessar gratuitamente a plataforma pelo site do Vencer o Câncer e fazer sua busca: basta preencher os dados solicitados na ferramenta e os estudos clínicos disponíveis para o tipo de câncer que está sendo pesquisado irão aparecer.

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