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Epidemia de dengue e os cuidados com os pacientes oncológicos

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O aumento do número de casos de dengue no Brasil, com alguns locais entrando em estado de emergência e decretando epidemia, acende um importante alerta para os pacientes oncológicos, já que esse público pode ser mais suscetível aos sintomas da doença cujo vírus é transmitido principalmente pelo mosquito Aedes aegypti.

O oncologista Fernando de Moura, oncologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e membro do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer, destaca que a dengue pode ser mais complicada nos pacientes com câncer. “Muitos já podem ter funções orgânicas prejudicadas pela doença oncológica e/ou pelo tratamento e, num caso de dengue grave, evoluir com maior gravidade”.

Apesar de serem mais afetados, os pacientes que estão se tratando não podem tomar a vacina contra dengue, que começa a ser ministrada no país, porque ela é feita com vírus atenuado. “Pacientes em tratamento não podem ser vacinados, assim como qualquer pessoa acima dos 60 anos, gestantes e crianças menores de 4 anos”, avisa Fernando de Moura. “A vacinação dos familiares e cuidadores não reduz o risco, uma vez que a transmissão se dá apenas pela picada do mosquito”.

Para garantir a prevenção da doença, avisa o oncologista, a orientação aos pacientes é a mesma que é dada para a população em geral: combater focos de água parada e utilizar repelente.

Cuidados para prevenção

As autoridades sanitárias reforçam os cuidados essenciais para evitar a proliferação do mosquito que transmite a doença: evitar deixar água parada, não acumular água em recipientes, plantas, vasos, garrafas etc.. 

O uso de repelentes também ajuda a evitar a dengue, mas é preciso estar atento à fórmula para saber se contém os ingredientes considerados mais eficazes: icaridina (picaridina) – pelo menos 20% – e DEET – 30%. Devem ser aplicados e reaplicados seguindo as instruções do fabricante, em todas as áreas do corpo que não estão cobertas.

Vacina

A imunização contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS) será realizada, nesse primeiro momento, em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos – faixa etária que tem o maior número de hospitalizações pela doença depois de pessoas acima de 60 anos (para este grupo a vacina não foi liberada pela Anvisa.  A vacinação será encaminhada a 521 municípios, privilegiando locais que tiveram alta transmissão em 2023 e 2024 e com maior predominância do sorotipo 2 do vírus da dengue (DENV-2).  

A vacina também está disponível em clínicas privadas. Está aprovada para aplicação em crianças a partir de 4 anos de idade, adolescentes e adultos até 60 anos, tanto soronegativos como soropositivos para dengue. São necessárias duas doses para a imunização.

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