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Fevereiro Laranja: mês da conscientização sobre as leucemias

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A leucemia não escolhe sexo, classe social ou idade. Qualquer pessoa pode receber o diagnóstico, por isso é importante ficar atento aos sinais da doença. Descobrir a leucemia logo no início é fundamental para que o paciente possa ter mais chances de apresentar melhores resultados no tratamento. Mas para isso é muito importante ficar atento aos sintomas. Hematomas, sangramentos, dores ósseas e emagrecimento sem motivo aparente são alguns deles. 

É importante mencionar que um simples hemograma pode já mostrar as alterações celulares. Mas somente o onco-hematologista, especialista em leucemias, é quem fará o diagnóstico. 

Saiba mais sobre as leucemias

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), somente este ano, mais de 11 mil casos de leucemias serão diagnosticados aqui no Brasil. Este é um tipo de câncer que tem início na medula óssea e acontece por conta de mudanças genéticas nas células de defesa do organismo, os glóbulos brancos. 

Estas células podem ser divididas em mieloides e linfoides, o que já cria uma “separação” entre as leucemias. Outro ponto importante é que a leucemia pode ser crônica (de evolução mais lenta) e aguda (de evolução mais rápida).

A partir destas divisões, os principais tipos de leucemias são:

Leucemias agudas

Este tipo da doença tem uma evolução rápida e pode, a depender do caso, apresentar-se de forma agressiva. Sua principal característica é a existência predominante de células-tronco imaturas com defeitos (que não conseguiram amadurecer e transformar-se em outras células) na medula óssea, também conhecidas por blastos anômalos.

A LLA é o tipo de leucemia mais comum em crianças e costuma responder muito bem ao tratamento. Cerca de 90% dos casos pode chegar à remissão completa. Já em adultos, este tipo da doença pode ser um pouco mais agressiva, mas com os avanços da ciência, também é possível tratar e obter bons resultados.

A LMA, por sua vez, pode ser dividida em diversos subtipos, por conta de suas inúmeras alterações genéticas. Em adultos, os resultados no tratamento são promissores. Nas crianças, ela pode ser um pouco mais complicada, mas há possibilidade de remissão.

Como tratamentos é possível usar a quimioterapia, imunoterapia e também o transplante de medula óssea.

Leucemias crônicas

Já nas leucemias crônicas, as células-tronco até conseguem passar pelo processo de maturação, mas por conta de um erro genético, elas começam a se reproduzir de maneira descontrolada na medula óssea.

A LMC Ph+ é hoje um dos tipos de cânceres com melhores respostas ao tratamento. Por meio de inibidores da tirosina quinase, a maior parte dos pacientes entram em remissão total da doença.

Já a LLC carrega uma curiosidade: nem todos os pacientes precisam de tratamento na fase inicial. Embora seja considerada um câncer, em muitos casos ela não representa um perigo à saúde. Por isso, apenas o acompanhamento médico pode ser indicado. Quando o tratamento passa a ser opção, quimioterapia, imunoterapia e transplante de medula óssea podem ser indicados.

 

Dr Breno Gusmão – onco-hematologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer

Logotipo do Instituto Vencer o Câncer

O Instituto Vencer o Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada pelos oncologistas Dr. Antonio Carlos Buzaid e Dr. Fernando Cotait Maluf, com atuação em 3 pilares: (1) Informação de excelência e educação para prevenção do câncer. (2) Implementação de centros de pesquisa clínica para a descoberta de novos medicamentos. (3) Articulação para promoção de políticas públicas em prol da melhoria e ampliação do acesso à prevenção, ao tratamento e à cura do câncer.

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