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Higienização correta dos alimentos evita contaminações e garante consumo saudável

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O manuseio dos alimentos e sua preparação exigem cuidados especiais e a utilização de produtos adequados para que a comida fique apta ao consumo. Mas muita gente ainda tem dúvidas sobre este tema. Como aproveitar o melhor dos alimentos sem qualquer risco à saúde?

Para saber o que é certo e errado na hora de higienizar frutas, verduras, legumes e carnes, conversamos com a nutricionista materno-infantil Daniela Muller, do Núcleo Paulista de Especialidades Médicas.

Existe uma maneira correta de higienizar os alimentos que vão ser consumidos crus? 

A nutricionista Daniela Muller afirma que sim. “Alimentos crus como verdura, frutas e legumes necessitam ser limpos e desinfetados antes do seu consumo. Antes de higienizar os alimentos, é importante que tanto as mãos de quem manipula estejam limpas, assim como bancada e pia também estejam higienizadas de forma correta para evitar possíveis riscos de contaminações”.

Estas são as orientações para higienização dos alimentos crus:

  • Lave bem em água corrente para remover as sujeiras superficiais (remover terra e outros resíduos). Para os folhosos, o ideal é lavar folha por folha; para os legumes e frutas é possível utilizar uma escovinha própria para este uso;
  • Depois, mergulhe os alimentos em uma solução com água sanitária (para esta finalidade) ou com solução de hipoclorito de sódio (para 1 L de água colocar 1 colher de sopa de água sanitária ou 15 gotas de hipoclorito de sódio) e deixe por 20 minutos;
  • Após isso, enxague bem os alimentos com água corrente e deixe-os secar naturalmente ou com a ajuda de uma centrifuga para alimentos. Os alimentos também podem ser secos com um papel toalha e, assim, ficam tanto prontos para consumo ou para armazenamento.
  • Para alimentos que não serão consumidos com casca (por exemplo, a laranja) somente lavar bem em água corrente.

Esse processo de higienização muda para alimentos que serão cozidos?

“Para alimentos que vão ser cozidos o ideal é que lave bem em água corrente”, diz Daniela Muller. Não é necessário passar pela solução desinfetante, pois o processo de cocção já é uma forma de eliminar os microrganismos. Porém, todos os alimentos submetidos a cocção devem ultrapassar a temperatura mínima de 740C no centro do alimento.

“Alguns alimentos não têm necessidade de lavar, como por exemplo carnes e frangos. As lavagens dos mesmos podem respingar água pela cozinha e contaminar a pia e os alimentos que estão ao redor, chamamos assim de contaminação cruzada. Quando for manipular estes alimentos, verifique se a carne está em bom estado para consumo, caso apresente odores, texturas pegajosas sinal que não está boa e neste caso é necessário descartar! ”, ressalta a nutricionista. 

Com os ovos, o procedimento é o mesmo. “Não tem necessidade de lavar e armazenar! Eles possuem uma casca porosa e são susceptíveis a contaminações. Se precisar lavar, lave antes do preparo para tirar as impurezas”, destaca.

Quais são os principais agentes perigosos que podem estar na casca dos alimentos? Quais riscos podem representar à saúde?

A casca é uma das partes importantes do alimento pois, além de conferir proteção, ela também é rica em nutrientes.  “Porém, na maioria das vezes, é ela que vai apontar se aquele alimento vai estar bom para consumo ou não. A contaminação, em grande parte dos casos, não é visível a olho nu. Por isso a importância da lavagem e higienização da forma adequada”, explica Daniela Muller. 

A contaminação do alimento pode ocorrer de várias formas:

  • Contaminação química: produtos de limpeza, inseticida, agrotóxicos;
  • Contaminação física: cabelo, pedra, lascas de madeira, parafuso;
  • Contaminação biológica: vírus, bactérias, fungos e parasitas.
  • Contaminação direta: ocorre quando há contato do manipulador contaminado diretamente com o alimento, por má́ higienização das mãos, tosse ou espirros;
  • Contaminação indireta: ocorre quando há contato do manipulador contaminado diretamente com o alimento, por má higienização das mãos, tosse ou espirros. 

Quando um alimento não é preparado e consumido de forma adequada, este pode provocar contaminação e levar a doenças veiculadas por alimento (DVA). “A ingestão dos alimentos contaminados gera um quadro de intoxicação alimentar e os sintomas podem aparecer entre 1h a 36h após a ingestão do alimento contaminado. Os sintomas mais comuns são vômitos, diarreia, náuseas, dores abdominais, desidratação e pode apresentar febre. Em caso de contaminação, o ideal é procurar ajuda médica”, alerta a nutricionista.

É necessário secar os alimentos?

Daniela Muller ensina que o ideal é secar os alimentos naturalmente. “Mas pode também contar com a ajuda de uma centrífuga ou secar bem com papel toalha antes de armazenar”.

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