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O que são inibidores de ciclina e como atuam no tratamento do câncer de mama  

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Dr. Abraão Dornellas

Os inibidores de ciclina são uma classe de medicações utilizada para o tratamento do câncer de mama com receptores hormonais positivos e HER-2 negativo, chamado de luminal, que é o tipo mais comum da doença. 

Mas, antes de falarmos mais sobre os medicamentos que inibem a ciclinas, precisamos entender o que são, afinal, as ciclinas.  

Elas são proteínas presentes no interior da célula, que agem controlando a velocidade de crescimento e de proliferação celular. Neste ponto, devemos lembrar que as células tumorais precisam de um desbalanço do crescimento e da proliferação do DNA (que carrega informações genéticas para o desenvolvimento, funcionamento, crescimento e reprodução no organismo) para que possam se duplicar e se perpetuar.  

As ciclinas, então, atuam como controladoras do ciclo e permitem o crescimento e a duplicação do DNA, ou seja, a formação de novas células tumorais.  

Os inibidores de ciclina, hoje comercialmente disponíveis no Brasil, são três moléculas: o palbociclibe, o ribociclibe e o abemaciclibe. Eles são produzidos em comprimidos e bloqueiam a via de sinalização das ciclinas.  

Se existe um bloqueio da via das ciclinas, a célula tumoral perde o estímulo para a duplicação e proliferação. Portanto, diminui o crescimento do tumor.  

Assim, os inibidores de ciclina vêm sendo incorporados no tratamento de primeira linha das pacientes com câncer de mama receptor de hormônio positivo avançado, representando um importante ganho de qualidade de vida e sobrevida nestes casos.  

Dr. Abraão Dornellas é oncologista no Hospital Israelita Albert Einstein e integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer 

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