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Câncer de esôfago | O que é?

O câncer de esôfago ou câncer esofágico é uma neoplasia que se forma no esôfago, o tubo muscular que conecta a garganta ao estômago. Existem dois tipos principais de câncer de esôfago: o carcinoma espinocelular, que se origina nas células escamosas que revestem o esôfago, e o adenocarcinoma, que se desenvolve nas células glandulares produtoras de muco, geralmente na parte inferior do esôfago. Ambos os tipos podem causar sérios problemas de saúde devido à localização do esôfago e à sua função vital no transporte de alimentos e líquidos para o estômago.

Ilustração do câncer de esôfago em estágio avançado com metástases no fígado. Imagem: Cancer Research UK / Wikimedia Commons
Ilustração do câncer de esôfago em estágio avançado com metástases no fígado

Fatores de risco

Os principais fatores de risco para o câncer de esôfago incluem tabagismo, consumo excessivo de álcool, obesidade e doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). O tabagismo e o consumo de álcool são particularmente associados ao carcinoma espinocelular, enquanto a obesidade e a DRGE estão mais frequentemente ligadas ao adenocarcinoma. Outros fatores de risco incluem a exposição a certas substâncias químicas no ambiente de trabalho, a ingestão de bebidas muito quentes, e condições médicas como o esôfago de Barrett, que é uma complicação do refluxo ácido crônico.

>> Leia nosso artigo completo sobre fatores de risco do câncer de esôfago.

Prevenção

A prevenção do câncer de esôfago envolve a adoção de hábitos saudáveis e a redução da exposição a fatores de risco conhecidos. Manter um peso saudável através de uma dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos é fundamental. Evitar o consumo de tabaco e álcool é uma medida preventiva crucial. Além disso, tratar adequadamente o refluxo gastroesofágico e evitar a ingestão de bebidas muito quentes pode reduzir o risco. A vacinação contra o HPV também pode ser considerada, uma vez que o vírus está associado a alguns casos de câncer de esôfago.

>> Leia nosso artigo completo sobre prevenção do câncer de esôfago.

Sintomas

Os sintomas do câncer de esôfago podem variar, mas os mais comuns incluem dificuldade para engolir (disfagia), dor ou desconforto ao engolir, perda de peso inexplicada, dor no peito, indigestão ou azia persistentes, tosse crônica e rouquidão. A disfagia começa geralmente com alimentos sólidos e pode progredir para líquidos à medida que o tumor cresce. Esses sintomas podem ser indicativos de um tumor no esôfago e devem ser investigados imediatamente por um profissional de saúde.

>> Leia nosso artigo completo sobre sintomas do câncer de esôfago.

Diagnóstico

O diagnóstico do câncer de esôfago envolve uma combinação de anamnese, exame físico e exames específicos. A endoscopia digestiva alta é o principal exame utilizado para visualizar o esôfago e identificar anormalidades. Se uma lesão suspeita for encontrada, uma biópsia será realizada para análise histopatológica. Exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e PET-CT, são utilizados para avaliar a extensão do tumor e a presença de metástases. A fluoroscopia, ou esofagograma, também pode ser utilizada para visualizar o esôfago em tempo real.

>> Leia nosso artigo completo sobre diagnóstico do câncer de esôfago.

Tratamento

O tratamento do câncer de esôfago depende do estágio da doença e pode incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia. A cirurgia é frequentemente o tratamento de escolha para tumores localizados e pode envolver a remoção parcial ou total do esôfago (esofagectomia). A radioterapia e a quimioterapia podem ser usadas antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor ou após a cirurgia para eliminar células cancerígenas remanescentes. Em casos avançados, essas terapias podem ser usadas para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

>> Leia nosso artigo completo sobre tratamento do câncer de esôfago.

Recaída

A recaída do câncer de esôfago pode ocorrer, especialmente em estágios avançados ou em casos onde o tratamento inicial não foi completamente eficaz. A recaída pode se manifestar localmente no esôfago ou em áreas distantes, como os pulmões ou fígado. O monitoramento contínuo é essencial para detectar precocemente qualquer sinal de recorrência. Estratégias de tratamento adicionais podem incluir novas rodadas de quimioterapia, radioterapia ou terapias direcionadas, dependendo da localização e extensão da recaída. A gestão da doença requer uma abordagem multidisciplinar para otimizar os resultados e melhorar a qualidade de vida do paciente.

>> Leia nosso artigo completo sobre recaída do câncer de esôfago.

Artigo publicado em: 09 de maio de 2014
Artigo atualizado em: 23 de julho de 2024

Dr. Antonio Carlos Buzaid
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Antonio Carlos Buzaid é um destacado oncologista clínico, graduado pela Universidade de São Paulo, com experiência internacional nos EUA, onde foi diretor de centros especializados em melanoma e câncer de pulmão, além de professor na Universidade de Yale. No Brasil, dirigiu centros de oncologia nos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, e atualmente é diretor médico geral do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. CRM 45.405
Dr. Fernando Cotait Maluf
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Fernando Cotait Maluf é um renomado oncologista clínico, graduado pela Santa Casa de São Paulo, com doutorado em Urologia pela FMUSP. Ele foi chefe do Programa de Residência Médica em Oncologia Clínica do Hospital Sírio Libanês e atualmente é diretor associado do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, além de membro do Comitê Gestor do Hospital Israelita Albert Einstein e professor livre-docente na Santa Casa de São Paulo. CRM: 81.930