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Tomografia computadorizada é um exame não invasivo que combina equipamentos especiais de raios X com computadores programados para produzir imagens dos órgãos internos.

As imagens mostram secções transversais da área estudada, como se o corpo fosse cortado em fatias para expor todos os órgãos da região. A técnica costuma ser comparada ao pão de forma: quando as fatias de imagem são reagrupadas pelo software de computador, o resultado é uma visão muito detalhada e multidimensional dos órgãos internos. As fatias ou cortes podem chegar à espessura mínima de 0,6 mm. [relacionados]

É uma ferramenta muito útil para o estudo de todas as partes do corpo; um bom método de imagem para o diagnóstico de tumores de pulmão, pleura, mediastino (a região que fica entre os dois pulmões), cérebro, ossos, fígado, vias biliares, pâncreas, rim, útero e ovários.

O EXAME

A tomografia computadorizada é muito utilizada como método de estadiamento, para avaliar a extensão do tumor primário e confirmar ou afastar a presença de metástases.

É um recurso muito útil no diagnóstico de doenças frequentes em Oncologia: acidentes vasculares cerebrais, embolias pulmonares, aneurismas, compressões de medula espinhal por metástases ósseas, presença de edema cerebral, derrames pleurais, pericárdicos e peritoneais, entre outras.

A tomografia computadorizada pode ser empregada para guiar os procedimentos minimamente invasivos, através dos quais realizamos biópsias, ablações para destruir tumores através do congelamento ou de ondas de ultrassom que aumentam a temperatura local.

Tomografias computadorizadas de crânio, tórax e abdômen são realizadas com administração de contraste intravenoso, que contém iodo. Nas abdominais e pélvicas, a administração de contraste por via oral deixa o tubo gastrintestinal bem definido.

Tomografia computadorizada de tórax (múltiplos nódulos).

Tomografia computadorizada de tórax (múltiplos nódulos).

O EQUIPAMENTO

O tomógrafo é uma máquina grande com um túnel aberto no centro por onde passa uma mesa de exame estreita que desliza para dentro e para fora do túnel. É nessa mesa que o paciente deve ficar deitado durante a realização do exame.

Equipamento de tomografia computadorizada.

Equipamento de tomografia computadorizada.

O tubo e os detectores de raios X, que giram em torno do paciente, estão localizados frente a frente em um anel chamado gantry. A estação de trabalho do computador que processa as imagens se encontra em uma sala separada, onde o técnico opera o scanner e monitora o exame.

A tomografia computadorizada funciona como outros exames de raios X, porém permite obter imagens muito mais detalhadas, porque o aparelho emite diversos feixes de raios X ao mesmo tempo. Os detectores desses raios giram em torno do corpo, medindo a quantidade de radiação que é absorvida pelos diferentes tecidos.

A tomografia computadorizada é menos sensível ao movimento do paciente do que a ressonância nuclear magnética. E, ao contrário desta, pode ser realizada mesmo quando houver próteses e outros dispositivos médicos implantados.

Atualmente, os equipamentos possuem diversos softwares que auxiliam os médicos no pós-processamento de imagens para obterem um diagnóstico mais detalhado.

RISCOS

A dose de radiação efetiva envolvida na tomografia computadorizada varia de cerca de 0,1 mSv até níveis altíssimos, por isso os serviços de radiologia tomam cuidado para controlar as doses empregadas. Em centros bem equipados, as doses costumam ser mínimas, dentro dos limites recomendados internacionalmente.

Como as crianças são mais sensíveis à radiação e as doses se acumulam pela vida inteira, elas só devem realizar tomografias computadorizadas quando estritamente necessário.

O risco de reação alérgica grave aos materiais de contraste que contêm iodo é muito pequeno. Os serviços de radiologia costumam estar preparados para lidar com eles.

As mães que amamentam devem aguardar oito horas após a injeção de contraste antes de amamentar seus filhos.

As mulheres devem informar ao médico se há possibilidade de gravidez.

AS LIMITAÇÕES

Detalhes de tecidos moles de menor consistência em áreas como cérebro, órgãos internos pélvicos, joelhos e ombros podem ser mais fácil e claramente revelados por ressonância nuclear magnética.

Pacientes muito obesos podem não caber na abertura dos tomógrafos convencionais ou ter peso superior ao limite permitido para movimentação segura da mesa.

Pacientes alérgicos a iodo também devem evitar estudos com contraste.