Evitar o consumo de alimentos ácidos, apimentados, salgados ou secos é uma das estratégias.
As mucosites são sintomas comuns entre pacientes que estão em tratamento contra o câncer: aproximadamente 40% das pessoas que passam por quimioterapias costumam apresentar o quadro. Sem falar que a radioterapia e a própria queda do sistema imunológico também podem desencadear inflamações dessa natureza. Os sintomas causam dor e desconforto, comprometendo a qualidade de vida do paciente. Mas é possível adotar medidas que diminuem o risco de surgimento do quadro.
Uma delas é tirar do cardápio os alimentos ácidos, apimentados, salgados ou secos. Seja pela consistência, pela textura ou pelo próprio sabor picante e acentuado, essas opções irritam a mucosa da boca, dificultando a mastigação e a deglutição, o que pode causar feridas e levar aos quadros de inflamações. A recomendação é que o paciente opte por alimentos fáceis de serem mastigados e engolidos, como purês (de frutas, de batata, de mandioquinha ou de legumes), mingau, ovos mexidos, gelatinas, caldos e massas.
Após as refeições, é fundamental que os pacientes não palitem os dentes, para não machucar a gengiva e evitar o surgimento de feridas. Também é importante escovar os dentes depois das refeições, impedindo que haja a proliferação indevida de micro-organismos na região da boca. As escovas devem ser de cerdas macias, e soluções bucais desinfetantes com álcool devem ser evitadas. Só o médico poderá indicar a melhor alternativa para cada caso.
Por fim, recomenda-se que o paciente faça a ingestão de muito líquido, para manter a boca sempre úmida e hidratada. Outra estratégia que pode ser testada é a crioterapia, que utilizada gelo para amenizar a ação dos agentes tóxicos da quimioterapia. O paciente deve chupar gelo antes e durante as sessões de quimioterapia.
O Instituto Vencer o Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada pelos oncologistas Dr. Antonio Carlos Buzaid e Dr. Fernando Cotait Maluf, com atuação em 3 pilares: (1) Informação de excelência e educação para prevenção do câncer. (2) Implementação de centros de pesquisa clínica para a descoberta de novos medicamentos. (3) Articulação para promoção de políticas públicas em prol da melhoria e ampliação do acesso à prevenção, ao tratamento e à cura do câncer.