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Encontrar seu próprio significado, escolher caminhos e ter voz: o poder da esperança e resiliência na jornada do paciente

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“Cada trajetória, com base na própria história, será diferente”, afirma Victória De Angelis, psicóloga, psico-oncologista e psicanalista, explicando que a jornada do paciente oncológico não tem um caminho único, mas deve levar em conta que o câncer não é uma sentença de morte. “Um diagnóstico de câncer pode significar múltiplas coisas para cada pessoa. E o significado que cada um dará ao diagnóstico e ao tratamento serão diferentes. Isso é importante, porque cada pessoa poderá fazer dessa jornada algo seu”.

A psicóloga considera esse aspecto fundamental para que cada paciente possa manter esperança e resiliência, sabendo que não está sozinho com a doença, que receberá uma abordagem integral para cuidar de suas dores e sofrimentos, poderá ter uma postura ativa e tomar suas decisões em conjunto com a equipe e a família, tendo sua própria voz. 

Essa é uma das mensagens que o Instituto Vencer o Câncer traz para os pacientes, familiares e todos que são importantes nessa jornada, como os profissionais de saúde. Juntamente com mensagens de pacientes que nos ajudaram a trazer informações e conscientizar, participando de nossas matérias durante este ano:

Encontrar seu próprio significado, escolher caminhos e ter voz: o poder da esperança e resiliência na jornada do paciente

Fabiola Lupo 🡪 “Meu desejo em 2025 para todas as mulheres que estão atravessando a jornada do câncer é que elas se fortaleçam, aceitando a limpeza que está sendo feita no corpo e espírito para ser uma alma rumo à luz! Enfrente o medo! Se cair, levante devagar e saiba que estaremos te esperando com amor incondicional! Tenha a certeza de que a plenitude alcança a todos dispostos a crescer, mesmo diante dos obstáculos! Vem 2025 – tô te esperando”. Conheça a história de Fabiola Lupo aqui.

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Mario Lott 🡪 “Finalizando o ano de 2024 e após um ano e quatro meses da minha cirurgia e das sessões de imunoterapia, venho aqui dar graças pelo sucesso no meu tratamento. ‘O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé’. 1 João 5.4 

Quando aplicamos a fé, o impossível se torna realidade.” Conheça a história de Mario Lott aqui.

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Diego Menasse 🡪 “Encarar o câncer foi como enfrentar aquele chefe de final de fase num videogame: difícil, mas não impossível! Aprendi que o segredo está em manter o humor, a leveza e acreditar que cada etapa vencida nos torna mais fortes. O câncer é um tabu, sim, mas não precisa ser um bicho-papão. Otimismo e resiliência são os melhores remédios – e rir, meu amigo, é terapia em dose alta. Bora pra 2025 com fé e alegria!”  Conheça a história de Diego Menasse aqui.

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Juliane Paim 🡪 “O jogo só acaba quando não existe mais nenhuma possibilidade. Se estamos aqui é porque ainda temos muito a fazer. Eu te encorajo a persistir, mesmo que tudo pareça desafiante e sem saída. Deus tem muitas páginas pra escrever no livro da sua vida; Ele só precisa que você creia. É assim que estou vencendo. Que 2025 seja o ano da sua vitória.” Conheça a história de Juliane Paim aqui.

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Patrícia Paraense Loretti da Silveira 🡪 “Uma mensagem que eu gostaria de deixar para o próximo ano, que acho que a gente deve levar para a vida, é a importância de agradecer. Quando agradecemos, reconhecemos que estamos vivos e temos que agradecer a isto. Quando agradecemos, é sinal de que estamos vivos e que viver vale a pena. O importante é saber agradecer, reconhecer a benção da vida, do tempo. Cada minuto que a gente está aqui é muito importante. Agradecer mais, reclamar menos. Ficamos tão tomados pela loucura do tempo, entramos num vórtex de que temos que fazer e dar conta de tudo, e deixamos de cuidar e perdoar a pessoa mais importante de nossa vida: que somos nós mesmas. Que tenhamos mais generosidade conosco e sejamos capazes de flexibilizar nosso tempo. Essa roda louca não é a vida. A vida é muito mais do que isso. É amar, agradecer, reconhecer a importância de estar aqui.” Conheça a história de Patrícia Paraense Loretti da Silveira aqui.

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Sandra Gonçalves 🡪 “Foi diagnosticada com câncer??? Nada de desistir, hein!!! Foi-se o tempo em que essa notícia era o mesmo que um atestado de óbito. Existe muita Vida por trás de um diagnóstico de Câncer e eu, Sandra Gonçalves, estou bem aqui para provar que, se a gente levantar a cabeça e decidir salvar a nossa Vida, buscando informações de qualidade, criando um vínculo de confiança com a equipe médica, tendo uma rede de apoio e uma equipe de suporte em cuidados paliativos, vamos ficar de pé por muito tempo ainda. Estou aqui. De pé e de salto alto, há 11 anos e com 4 diagnósticos na conta e em tratamento contínuo. E quando a minha morte chegar, me encontrará vivendo intensamente!!! Então… Respira, Menina!!! E segue aí, vivendo todos os seus ‘hojes’”. Conheça a história de Sandra Gonçalves aqui.

Criando seu próprio caminho

Para Victória De Angelis, alguns termos como câncer, tratamento oncológico e cuidados paliativos podem parecer ter um significado universal, mas na verdade eles terão significados diferentes para cada pessoa. “Com o tempo, o paciente pode se perguntar: ‘Como o câncer afeta minha vida? O que está significando para mim? E como se relaciona com as memórias que eu tenho?’”.

Com isso, compreenderá como o diagnóstico se relaciona com sua história. “É um acontecimento que precisa se tornar uma experiência para a pessoa’”.

Outro importante aspecto que a psicóloga destaca nesse processo é o reforço da rede de apoio, para que o paciente não se sinta desamparado: há os familiares, amigos, a equipe de saúde que o acompanha, pessoas que irão amparar e dar suporte. Uma maneira de cuidar da sua rede e das suas condições de seguir o tratamento é escolher pessoas, compromissos e locais que tragam tranquilidade e conexão com o que a vida representa para você”, diz. “É bom contar com profissionais da saúde mental, psicoterapia e eventualmente consultas psiquiátricas – em alguns casos o tratamento farmacológico tem efeitos sobre o próprio tratamento oncológico”.

“Quando recebemos um diagnóstico grave, ele nos traz a perspectiva de finitude. Dependendo da forma como o paciente consegue olhar para isso, pode se perguntar: ‘Então, como eu quero viver?’”

Victória de Angelis, psicóloga

Importantes reflexões que a psicóloga traz para os pacientes:

>>> Possibilitar que cada uma faça algo singular com o diagnóstico e o tratamento é o que torna possível que a pessoa siga. Porque ninguém consegue seguir o caminho quando vem de um protocolo. O paciente precisa poder tornar sua experiência única.

>>> Quando alguém recebe uma notícia de grande impacto, como um diagnóstico, precisa fazer alguns lutos. É doloroso, mas importante fazer um luto de quem era antes do diagnóstico, porque há perdas, sejam físicas ou emocionais. É preciso se reformular em alguma medida diante de um acontecimento dessa dimensão. 

>>> Reconhecer que a doença pode trazer impossibilidades, mas ainda existem outras possibilidades. A questão é como se posicionar frente às impossibilidades – que podem trazer sensação de impotência – e descobrir o que é possível, que potência consegue encontrar frente ao que não é possível.

>> Ir do luto à luta – não no sentido de que é uma batalha, mas uma luta ativa para ter vida, seguir o movimento da vida, reencontrar o que faz seguir, sentir prazer, ter desejo, se reconectar com as pessoas. Reencontrar o desejo. 

Viviane Pereira

Logotipo do Instituto Vencer o Câncer

O Instituto Vencer o Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada pelos oncologistas Dr. Antonio Carlos Buzaid e Dr. Fernando Cotait Maluf, com atuação em 3 pilares: (1) Informação de excelência e educação para prevenção do câncer. (2) Implementação de centros de pesquisa clínica para a descoberta de novos medicamentos. (3) Articulação para promoção de políticas públicas em prol da melhoria e ampliação do acesso à prevenção, ao tratamento e à cura do câncer.

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