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XI Congresso Internacional de Uro-Oncologia reforça papel da Medicina de Precisão no tratamento dos tumores de próstata, rim e bexiga

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Um dos principais eventos mundiais sobre tumores de próstata, bexiga e rim, o XI Congresso Internacional de Uro-Oncologia ocorreu neste ano de forma virtual, nos dias 14 e 15 de agosto. O evento reuniu quase cinco mil congressistas pela plataforma online, reforçando o papel da inovação e da tecnologia no enfrentamento destes tumores bastante incidentes na população brasileira, com estimativa de cerca de 80 mil novos casos neste ano, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

O primeiro dia do Congresso foi inteiramente voltado ao câncer de próstata, com discussões sobre o entendimento da biologia molecular e genética dos tumores como suporte para a escolha do melhor tratamento. “Essas informações nos permitem entender, por exemplo, quem são os pacientes que podem ser apenas acompanhados, com total segurança, sem nenhum tratamento ativo e sem risco de a doença progredir”, explica o oncologista Fernando Maluf, coordenador do evento e fundador do Instituto Vencer o Câncer. “Da mesma forma, a avaliação genômica do câncer permite a seleção dos melhores tratamentos para o câncer de próstata localizado”, acrescenta o médico.

Outro debate inovador, trazido pelo Professor Laurence Klotz, da Universidade de Toronto, no Canadá, é a utilização do micro ultrassom de alta resolução como uma alternativa à ressonância magnética para o câncer de próstata.  

O evento abriu espaço para o estudo brasileiro que foi um dos destaques das sessões orais do Congresso Anual da American Society of Clinical Oncology – ASCO 2020. A pesquisa liderada pelo oncologista Fernando Maluf avaliou uma opção às terapias já consolidadas para o câncer de próstata metastático, mas que utilizam mecanismos que ainda trazem muitas alterações na qualidade de vida dos homens que passam pelo tratamento. Os pesquisadores buscaram novas opções terapêuticas eficientes e seguras para os pacientes, com medicamentos de uso via oral, já aprovados para tratamento de câncer de próstata, mas sem associar castração química, que gera eventos adversos expressivos.

O papel do tratamento local do câncer de próstata, com as evoluções nas técnicas da cirurgia – que vem ganhando cada vez mais corpo com a robótica -, e da radioterapia, que se desenvolve com técnicas como a IMRT (Radioterapia de intensidade modulada) e a IGRT (Radioterapia guiada por imagem), também foram tema de paineis. 

“Destacamos, ainda, as tecnologias mais novas como o HIFU, que erradica o tumor com um superaquecimento, sem cirurgia, as novas drogas radioativas com ótimas respostas no câncer muito avançado após falha das várias medicações e os tratamento que não fazem a supressão da testosterona (castração) na doença avançada, preservando a qualidade de vida do paciente”, ressalta Maluf.

A imunoterapia mantém papel de destaque no tratamento do câncer de próstata avançado e como primeiro novo tratamento no tumor avançado de rim. Ao lado das drogas inteligentes, que atacam pontos especificos pelo qual o tumor cresce, aparecem como destaque nos debates atuais para o tratamento no câncer de bexiga.

 

Cenário do Câncer de Próstata

O Instituto Vencer o Câncer inicia, em breve, a segunda etapa do projeto “Projeto de Investigação sobre o Câncer de Próstata”. A primeira fase da pesquisa evidenciou fragilidades no diagnóstico e no tratamento da doença no Brasil, levantando pontos importantes a serem trabalhados, tanto relacionados a políticas públicas como vinculados à conscientização sobre a doença, prevenção e fatores de risco.

O próximo passo contará com a Leitura Integrada sobre o Câncer de Próstata, compartilhando informações com instituições que atuam com esse público.

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