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Câncer de colo do útero | Diagnóstico

O diagnóstico do câncer de colo do útero é fundamental para aumentar as chances de cura e melhorar o prognóstico da paciente. O processo de diagnóstico envolve uma série de exames e procedimentos, cada um com um papel específico na detecção e avaliação da doença.

Exame de Papanicolau

O exame de Papanicolau, também conhecido como citologia oncótica, é a principal ferramenta de rastreamento para o câncer de colo do útero. Este exame é capaz de detectar alterações celulares precoces, incluindo lesões pré-cancerosas e infecções pelo HPV, antes mesmo que se transformem em câncer.

É recomendado que mulheres entre 25 e 59 anos realizem o exame anualmente, e após dois resultados negativos consecutivos, o intervalo pode ser estendido para três anos.

Embora o Papanicolau seja extremamente útil, é importante esclarecer que ele não faz o diagnóstico direto do câncer. Quando o resultado está alterado, indica-se a necessidade de avaliações mais detalhadas.

Colposcopia

Quando o resultado do Papanicolau apresenta alterações, o próximo passo é geralmente a realização de uma colposcopia. Este procedimento utiliza um aparelho chamado colposcópio, que possui lentes de aumento, permitindo ao ginecologista visualizar detalhadamente o colo do útero e identificar áreas suspeitas.

Biópsia

Se durante a colposcopia forem identificadas áreas suspeitas, o médico realizará uma biópsia. Este procedimento consiste na retirada de um pequeno fragmento do tecido para análise microscópica. A biópsia é crucial para confirmar o diagnóstico de câncer e determinar o tipo e grau da lesão.

Existem diferentes tipos de biópsia, incluindo:
Biópsia com colposcópio: Um pequeno fragmento é removido da superfície do colo do útero.
Biópsia em cone: Uma porção maior em forma de cone é removida do colo do útero.
Curetagem endocervical: Raspagem do interior do canal cervical para coletar células.

Exames de Estadiamento

Após a confirmação do diagnóstico, é essencial determinar a extensão do tumor. Isso é feito por meio de:

  • Exame clínico e toque retal: Permitem avaliar o tamanho do tumor e possível envolvimento de estruturas adjacentes.
  • Exames de imagem: Dependendo do caso, podem ser solicitados:
    • Ultrassonografia
    • Tomografia computadorizada
    • Ressonância nuclear magnética

Estes exames de imagem ajudam a visualizar a extensão do tumor, o possível envolvimento de linfonodos e a presença de metástases à distância.

Conclusão

O diagnóstico do câncer de colo do útero é um processo que envolve múltiplas etapas, desde o rastreamento com o Papanicolau até exames mais específicos como a biópsia e exames de imagem.

A detecção precoce, possibilitada principalmente pelo exame de Papanicolau regular, é crucial para o sucesso do tratamento. Por isso, é fundamental que as mulheres realizem os exames de rotina conforme recomendado por seus médicos e estejam atentas a quaisquer sintomas incomuns, buscando atendimento médico prontamente quando necessário.


Atualização: Graziela Zibetti Dal Molin – CRM: 147.913 Oncologista Clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo Apoio: Dr. Daniel Vargas Pivato de Almeida – CRM: DF 27574 Oncologista Clínica no Grupo Oncoclínicas, Brasília-DF Vídeo: Dra. Juliana Pimenta

Data de publicação: 05/05/2014

Última atualização: 01/07/2024

Dr. Antonio Carlos Buzaid
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Antonio Carlos Buzaid é um destacado oncologista clínico, graduado pela Universidade de São Paulo, com experiência internacional nos EUA, onde foi diretor de centros especializados em melanoma e câncer de pulmão, além de professor na Universidade de Yale. No Brasil, dirigiu centros de oncologia nos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, e atualmente é diretor médico geral do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. CRM 45.405
Dr. Fernando Cotait Maluf
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Fernando Cotait Maluf é um renomado oncologista clínico, graduado pela Santa Casa de São Paulo, com doutorado em Urologia pela FMUSP. Ele foi chefe do Programa de Residência Médica em Oncologia Clínica do Hospital Sírio Libanês e atualmente é diretor associado do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, além de membro do Comitê Gestor do Hospital Israelita Albert Einstein e professor livre-docente na Santa Casa de São Paulo. CRM: 81.930