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Câncer de colo do útero | Prevenção

Exame de Papanicolau e detecção de HPV

O exame ginecológico preventivo mais utilizado é o Papanicolau. Atualmente, entretanto, outros exames mais sofisticados permitem identificar a presença do HPV e de outros agentes associados a doenças sexualmente transmissíveis.

A coleta do material nestes exames é semelhante à do Papanicolau. Em algumas ocasiões, o exame poderá ser complementado com a colposcopia, que possibilita melhor visualização dos tecidos da vagina e do colo. O rastreamento do câncer do colo uterino deve ser indicado nas seguintes situações:

  • Mulheres devem fazer o exame do Papanicolau três anos após a primeira relação sexual e anualmente a partir de então;
  • Mulheres que não tiveram relação sexual até os 18 anos devem fazer o exame do Papanicolau aos 21 anos. Desse momento em diante, o exame do Papanicolau deve ser feito anualmente;
  • Mulheres com idade a partir dos 30 anos, com três exames normais de Papanicolau, podem repeti-lo a cada dois ou três anos, desde que não mudem de parceiro sexual;
  • Mulheres com idade a partir dos 70 anos, sem fatores de risco e com três exames normais de Papanicolau podem interromper a periodicidade do exame;
  • Mulheres que se submeteram à retirada completa do útero por causas benignas podem optar por não fazer o exame de Papanicolau.

Existem diversos procedimentos para eliminar lesões pré-malignas do colo antes que se tornem invasoras: cauterização com bisturi elétrico, com laser, com nitrogênio líquido ou através da retirada com bisturi. A estratégia preventiva mais importante, no entanto, para prevenção da transmissão do HPV e de outras doenças sexualmente transmissíveis é a diminuição do número de parceiros sexuais, acompanhada do uso adequado de preservativos.

Vacina contra HPV

  • Atualmente existem três preparações disponíveis no mercado: Gardasil®, Gardasil 9® e Cervarix®. A limitação dessas vacinas é que elas não previnem todas as infecções pelo HPV, assim como nem todos os cânceres do colo uterino são associados à infecção por esses vírus.
  • O ideal é que as meninas sejam vacinadas antes do início da vida sexual. O benefício da vacinação em mulheres acima de 25 anos é mais questionável. A vacinação é feita através de duas ou três injeções, a depender da idade no início da vacinação. Os efeitos colaterais são limitados a um pouco de dor no local da aplicação da injeção.
  • Embora as vacinas protejam contra o câncer do colo uterino por impedir a infecção por certos tipos de HPV, a proteção não é de 100%. Por isso, o exame do Papanicolau é recomendável mesmo em mulheres vacinadas.

Atualização: Graziela Zibetti Dal Molin – CRM: 147.913 Oncologista Clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo Apoio: Dr. Daniel Vargas Pivato de Almeida – CRM: DF 27574 Oncologista Clínica no Grupo Oncoclínicas, Brasília-DF Vídeo: Dra. Juliana Pimenta

Artigo publicado em: 05 de maio de 2014
Artigo atualizado em: 01 de julho de 2024

Dr. Antonio Carlos Buzaid
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Antonio Carlos Buzaid é um destacado oncologista clínico, graduado pela Universidade de São Paulo, com experiência internacional nos EUA, onde foi diretor de centros especializados em melanoma e câncer de pulmão, além de professor na Universidade de Yale. No Brasil, dirigiu centros de oncologia nos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, e atualmente é diretor médico geral do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. CRM 45.405
Dr. Fernando Cotait Maluf
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Fernando Cotait Maluf é um renomado oncologista clínico, graduado pela Santa Casa de São Paulo, com doutorado em Urologia pela FMUSP. Ele foi chefe do Programa de Residência Médica em Oncologia Clínica do Hospital Sírio Libanês e atualmente é diretor associado do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, além de membro do Comitê Gestor do Hospital Israelita Albert Einstein e professor livre-docente na Santa Casa de São Paulo. CRM: 81.930