O nódulo recebe o nome de hipoecoico ou hipoecogênico “quando, na ultrassonografia, ele aparece mais escurecido, por ter densidade menor que as estruturas adjacentes. Geralmente é formado por líquido ou gordura”, explica a oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein Maria Alzira Rocha, integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer.
Por que a detecção precoce de nódulo hipoecoico é importante?
Segundo a médica, a detecção precoce destas lesões, também chamadas de cistos, é importante para que suas características sejam avaliadas ao exame de imagem com melhor entendimento do risco de desenvolvimento de câncer.
Quais regiões do corpo são mais propensas a ter este tipo de nódulo?
“Os cistos acometem mais comumente mamas e tireoide nas mulheres e na população geral os rins e fígado”, ressalta Maria Alzira Rocha.
Quando um nódulo hipoecoico pode ser um câncer?
A oncologista destaca que, geralmente, estas lesões são benignas e apresentam baixo risco de transformar-se em câncer.
“O tratamento indicado é o acompanhamento com exames periódicos, como a ultrassonografia. O tempo de realização dos exames depende justamente do local, tamanho e outras características dos cistos”, explica.
A ressecção cirúrgica pode ser necessária se os nódulos passam a ter dimensões ou localização que causem sintomas. Essa decisão pode ser tomada muito mais pelas queixas do que pelo risco de os cistos transformarem-se em câncer.
“Vale ressaltar que há doença genéticas raras que são formadores de cistos, principalmente nos rins e no fígado”, alerta a Maria Alzira Rocha.
“Nestas condições, que são diferentes dos cistos populacionais, há formação de grande quantidade de nódulos e o acompanhamento deve ser feito para ressecções eventuais, a fim de não comprometer as funções dos respectivos órgãos. Mas não há maior risco de malignização”, completa a oncologista.
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O Instituto Vencer o Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada pelos oncologistas Dr. Antonio Carlos Buzaid e Dr. Fernando Cotait Maluf, com atuação em 3 pilares: (1) Informação de excelência e educação para prevenção do câncer. (2) Implementação de centros de pesquisa clínica para a descoberta de novos medicamentos. (3) Articulação para promoção de políticas públicas em prol da melhoria e ampliação do acesso à prevenção, ao tratamento e à cura do câncer.