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Instituto Vencer o Câncer: desde 2014 conecta pacientes à informação de qualidade para ajudar a evitar, tratar e curar

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Conexões e boa informação são dois elementos essenciais para os pacientes de câncer durante toda a sua jornada. Estabelecer conexões e oferecer informação de qualidade é uma das missões do Vencer o Câncer desde o seu lançamento, em 21 de maio de 2014.

“O Instituto é para mim uma realização pessoal. Com ele podemos oferecer uma ajuda muito importante para cada vez mais pessoas que carecem de uma saúde melhor”, pontua o oncologista Dr. Fernando Maluf, um dos fundadores do Instituto Vencer o Câncer.

O outro fundador, o oncologista Dr. Antonio Buzaid, resume ações que possibilitam fortalecer o propósito da entidade. “A missão é ajudar pacientes com câncer ou pacientes que podem desenvolver câncer. Fazemos isto via educação médica, políticas de saúde e criação de centros de pesquisa”. 

Ao longo desses anos a história da entidade se interliga com a jornada de muitos pacientes. Registros de momentos, depoimentos emocionantes que ajudam a compartilhar inspiração e lições de vida. Na comemoração de mais este aniversário, trazemos alguns exemplos destas conexões e que comprovam a relevância da informação em suas jornadas. 

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Germaine Tillwitz, 39 anos 

Desde o início do tratamento, logo após o diagnóstico de câncer de mama em 2016,
Germaine passou a acompanhar os conteúdos do Instituto Vencer o Câncer, por indicação de sua oncologista. “Vi que havia muita coisa legal, com fontes confiáveis, e passei a seguir a página no Instagram”, recorda, comentando que as informações contribuíram em sua jornada, principalmente na época da campanha #simparaquimiooral.

“Em 2020, quando acontecia o movimento, eu já era paciente de câncer de mama metastático e fazia uso da quimioterapia oral. Na época tive que entrar na Justiça para conseguir tomar o medicamento. Participei bastante da campanha. Estávamos tentando ajudar para que outros pacientes não precisassem passar por isso para ter acesso”. Veja o depoimento da Germaine.

Edna dos Santos, 55 anos 

“Foi maravilhoso!”. É assim, com empolgação, que Edna comenta como foi seu primeiro contato com o Instituto Vencer o Câncer, ao ser convidada a participar do evento Vida que segue, em 2022, e compartilhar sua história com o público. Ela, que é bastante comunicativa, já fazia parte de grupos de pacientes. Hoje aumentou ainda mais sua rede, que segue crescendo desde que recebeu o diagnóstico de câncer de mama em dezembro de 2017. Nesta jornada, em 2018 fez mastectomia total, quimioterapia e radioterapia.  

No evento, ela contou sua história e como enfrentou a doença, ao falar sobre vaidade, medos e frustrações. “Um momento especial”, que gerou frutos. Depois, participou de um podcast com o oncologista Dr. Abraão Dornellas e conheceu outras mulheres com quem divide experiências.  “Sempre estamos nas redes sociais, conversando, contando o que está acontecendo. Estou de olho nos eventos do instituto, nas novas informações. Vi Dr. Fernando Maluf no Faustão e compartilhei com todo mundo”.  

Sabrina Tatiuse Neves, 42 anos 

Em 2019, uma amiga que fazia quimioterapia comigo, me apresentou o Instituto Vencer o Câncer. De lá para cá, já participou de eventos e projetos. “Conheci muitas pessoas que passam pela mesma situação. Comecei a ter essa rede via Instituto Vencer o Câncer”, recorda.  Ela revela que até então não tinha muito contato com outras pacientes ou com informações porque seu diagnóstico aconteceu de forma muito rápida.

Depois de dois meses com sintomas graves e internada para tratar um cisto, quando saiu teve o diagnóstico de câncer de ovário. Logo, passou por cirurgia. “Não deu tempo de pesquisar nem entender nada”. Ter acesso a mais informação e contatos com pessoas ligadas à área ajudou quando teve metástase na cabeça em 2021. Precisou passar por radioterapia e novamente em setembro de 2022 descobriu cinco metástases na cabeça no mesmo local. Passou por nova cirurgia, mais sessões de quimioterapia, mais sessões de radioterapia e agora está segue o tratamento com imunoterapia.

“Fiz imunoterapia da outra vez e estou repetindo o protocolo três anos depois”. Via Instituto Vencer o Câncer foi encaminhada para um projeto de atividade física direcionada. “Era sensacional, com especialistas nessa área de câncer. Fazíamos atividades uma vez por semana no Parque da Água Branca, usávamos a camiseta do instituto”, lembra a paciente, que também deu seu depoimento para o canal do Youtube.

“Esse contato também me rendeu a participação no projeto Gosto, realizado em parceria pelo Instituto Vencer o Câncer e Nestlé Cuidados na Oncologia, no qual fui convidada para conversar com nutricionistas e entender como interagir com pacientes com câncer. Voltei a fazer projetos gravando vídeos para a empresa, experimentando alimentos voltados a pacientes”.

Amábile Cecilia Pereira, 41 anos 

“Sou de Taubaté, interior de São Paulo. Queria ir para a cidade grande estudar, fui para São Paulo, terminei a faculdade em 2007 e acabei ficando. Trabalhava loucamente, era fumante, sedentária e tive todos esses tumorezinhos”, diz Amábile, referindo-se à descoberta em 2011 de tumor no seio e em 2013 do câncer de garganta e tireoide.

Trabalhava com grandes eventos e descobriu a doença depois de desmaiar na bancada de trabalho e acordar no hospital. Durante a cirurgia, inicialmente prevista para durar entre 4 e 5 horas e que acabou durando12 horas, teve duas paradas cardíacas. Conheceu o Instituto Vencer o Câncer por intermédio de uma amiga que participava de uma organização não-governamental como voluntária.  

Foi assim que conseguiu ajuda para entrar em um programa para tratamento, já que não possuía convênio médico. Depois de uma entrevista que foi apresentada no programa Fantástico, da TV Globo, começou toda sua história com o instituto.

“Dali surgiram várias ações para propagar a prevenção e falar sobre a doença. A vontade de agradecer tudo que fizeram por mim era tamanha que fiz a prova “Busque Vencer”, uma corrida de 7 km no Vale do Anhangabaú”.

Em 2015, voltou para Taubaté para se cuidar e ter qualidade de vida. “Na época, meu médico falou: ou você faz atividade física ou você faz”. De sedentária, Amábile passou a ser uma atleta de alta performance.  “Comecei a caminhar, correr aqui e ali, larguei o curso de Comunicação, fiz especialização e me vi massoterapeuta. Quando percebi estava treinando, correndo e cuidando de atletas. No final de semana corri 100 quilômetros”, revela com orgulho. “Eu brinco que o câncer tem os dois lados: ou você toma uma chacoalhada com a vida ou vê que não aprendeu nada”. 

Rogerio Bandeira de Mello, 53 anos 

Aos 47 anos, Rogério recebeu o diagnóstico de câncer de rim quando fazia um ultrassom de acompanhamento. Passou por cirurgia para retirada do órgão e o médico disse que ele poderia seguir com vida normal e só precisaria voltar em oito meses.

“Houve um erro médico, precisava de acompanhamento”, esclarece. “Um dia eu estava trabalhando e comecei a sentir uma dor imensa, depois de exatos oito meses. Fui ao médico, que constatou que eu estava com câncer violento, com metástase, com foco na loja renal, e meu quadro era praticamente irrecuperável”. Mudou de médico para a equipe que o acompanha até hoje.

O tratamento começou com quimioterapia oral, que promoveu melhora numa primeira fase. A imunoterapia para seu caso ainda não tinha sido liberada. Depois de fazer quimioterapia, em 2018, o medicamento imunoterápico foi liberado e Rogério começou o novo tratamento, que foi um grande sucesso.

Ele segue com exames periódicos, cada vez mais espaçados. “Parei imunoterapia há uns dois anos e sou acompanhado com exames de imagens. A metástase desapareceu. Tinha uma mancha maior na loja renal, de 9 centímetros, e agora está com 1 centímetro e meio. Pode ser só uma cicatriz, porque durante esses anos não aumentou nem se locomoveu”.  Seu caso já foi levado a simpósios internacionais, é apresentado para estudantes e está registrado em um vídeo no canal do Instituto Vencer o Câncer no YouTube.

Bruna Faleiros, 41 anos

Em abril de 2015, aos 33 anos, Bruna descobriu câncer de mama com metástase no fígado. Fez quimioterapia vermelha e branca, quadrantectomia e radioterapia. Ficou em remissão até 2018, quando o câncer voltou no fígado, teve mais quatro anos e meio de remissão e agora, com novo retorno no fígado, está testando outros medicamentos.

“Conheci o Instituto Vencer o Câncer quando me chamaram para gravar um vídeo contando a minha experiência. Vi que o instituto é uma fonte muito rica de conhecimento. O livro do Dr.Antonio Buzaid também ajuda bastante”. Otimista, gosta de compartilhar suas experiências pessoais, como a descoberta de que o câncer não é uma sentença de morte e o uso da touca para não ficar careca, além de falar sobre feminilidade.  “Só caí na desesperança no começo, quando pensei que ia morrer, e no final da quimioterapia,  quando estava muito desgastada. Me preparei para morrer, cuidei da morte à toa”.

Decidiu então focar em eliminar o câncer da sua vida. “Nunca gostei dos estereótipos, do foco no sofrimento, essa narrativa da força, da guerreira, de ser vítima das circunstâncias. Sou a favor de chorar 48 horas, depois que passar o baque, ligar para o plano de saúde, se não tem um bom plano de saúde optar por um, mesmo que tenha carência, porque o tratamento é caro e o câncer vai transformar a vida em todas as vertentes”, afirma, demonstrando a forma direta e pragmática com que prefere abordar a doença, tratando de temas que, acredita, farão a diferença para os pacientes.

“Precisa se informar, pesquisar, entender o que nos faz sentir melhor em termos de alimentação e outras terapias, mudar o estilo de vida. A gente deve se encarregar da própria saúde, não deixar só na mão do médico”. Seguiu o conselho da sua médica, de encarar como uma doença crônica, que precisará tratar por toda a vida, mas não acordar todo dia pensando que tem câncer. “No final das contas, o dia a dia de todos os humaninhos aqui na Terra é muito parecido”. 

Viviane Pereira 

Logotipo do Instituto Vencer o Câncer

O Instituto Vencer o Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada pelos oncologistas Dr. Antonio Carlos Buzaid e Dr. Fernando Cotait Maluf, com atuação em 3 pilares: (1) Informação de excelência e educação para prevenção do câncer. (2) Implementação de centros de pesquisa clínica para a descoberta de novos medicamentos. (3) Articulação para promoção de políticas públicas em prol da melhoria e ampliação do acesso à prevenção, ao tratamento e à cura do câncer.

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