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Última atualização em 08/03/2017

Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), em 2015 nós teremos aproximadamente 68 mil novos casos de câncer de próstata diagnosticados em uma população de 99 milhões de homens. Nos Estados Unidos, a estimativa é de 233 mil novos casos para uma população masculina de 159 milhões. Porém, embora tenhamos menos casos, nossa taxa de letalidade entre os diagnosticados é de 20%, enquanto nos EUA não chega a 12%. Ou seja, aqui os casos de câncer de próstata matam mais.

Alguns homens devem começar a fazer exames de rastreamento mais cedo, aos 40 anos

O assunto preocupa, segundo o urologista Aguinaldo Nardi, que discutiu o tema durante o VI Congresso Internacional de Uro-Oncologia, que aconteceu em São Paulo em meados de março. Preconceito e falta de estrutura e de investimentos (o Brasil investe 8,7% do PIB em saúde, contra 18,9% dos EUA), além de uma possível subnotificação dos casos podem ser considerados motivos para essa discrepância. Apesar de o SUS realizar cerca de 6 mil cirurgias anualmente para retirada do tumor, a fila de espera pode chegar a um ano.

“Infelizmente, apesar de termos menos casos no país, morre-se muito mais. Os brasileiros chegam duas vezes mais tarde ao consultório do urologista, quando comparamos com o homem americano. Lá, a taxa de mortalidade está em queda, pois o câncer está sendo diagnosticado de maneira precoce. No Brasil, apesar das campanhas de incentivo, o preconceito ainda impera. Sem contar que não existe nenhum tipo de política pública para essa enfermidade.”

Homens a partir dos 50 anos devem fazer exames para detectar a doença, pois quando o câncer de próstata é diagnosticado precocemente, mais de 90% dos pacientes conseguem ser curados. Por meio de exames específicos, como o toque retal e dosagem de PSA, é possível detectar os nódulos em estágio inicial, antes de se transformarem em tumores. Quem tem histórico familiar da doença deve avisar o médico, que indicará os exames necessários.

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Categorias: Notícias câncer de próstata