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Os primeiros mil dias de prevenção do câncer

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A luta contra o câncer não começa quando a doença é diagnosticada. Ela tem início lá atrás, antes mesmo de a pessoa nascer. Começa quando o bebê está na barriga da mãe. O período determinante são os seus primeiros mil dias: do 1º dia de gestação até os 2 anos de idade da criança.

O feto é um ser muito delicado e é muito sensível à exposição de substâncias químicas e toxinas. Por isto, a mãe deve ter o maior cuidado com o que ela coloca na boca ou dentro de seu estômago. Tudo o que ela ingere e absorve passa através do sangue para o organismo do bebê. Até mesmo o paladar da criança é formado ainda na barriga da mãe.

A consequência é que, se a mãe come de maneira correta e equilibrada, consome bons alimentos e transcorre sua gravidez sem carências nutricionais, fornecendo a si e ao bebê o aporte de vitaminas, minerais e proteínas indispensáveis, o bebê estará formando bons hábitos alimentares para toda a sua vida, sua flora intestinal será saudável e ele terá certamente boa saúde em geral.

Há estudos que demonstram que crianças que recebem aleitamento leite materno por mais tempo têm menos tendência a desenvolver obesidade, que é um dos fatores de risco para a ocorrência de câncer. As propriedades imunológicas do leite materno, contidas principalmente no colostro – o leite da mãe nos primeiros dias – favorecem e protegem para o resto da vida. Também o parto normal é fator protetor, pois a criança recebe uma camada imunizante quando passa pelo canal vaginal da mãe.

Seis meses de amamentação exclusiva é o que se recomenda até o início da introdução alimentar, que deve ser gradativa até estar completa, por volta dos dois anos de idade. 

E atenção: a alimentação inicial do bebê não deve incluir comidas e bebidas açucaradas e industrializadas. Devem ser priorizados os alimentos saudáveis – comida de verdade – e recomenda-se começar a introdução alimentar pelos salgados. 

O Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 anos reúne todas estas recomendações com o intuito de reduzir as taxas de doenças crônicas não-transmissíveis no futuro. Uma criança saudável será um adulto saudável, com menor probabilidade de obesidade e até mesmo de câncer.

Além da nutrição intrauterina, a alimentação da família é o relevante fator que vai definir o paladar, os hábitos alimentares e a qualidade da saúde da criança. Os filhos são espelhos dos pais. Se o pai toma refrigerante durante a refeição, a criança também vai tomar. Quanto mais obesogênico (mais gordo e cheio de alimentos gordurosos e açucarados) é o ambiente, maiores são as chances da criança se tornar obesa.

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