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Procedimentos estéticos durante o tratamento de câncer devem ser evitados

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Pele costuma ficar fragilizada, e paciente não deve se submeter a procedimentos como peeling e com toxina botulínica.

Passar por um tratamento contra o câncer não é nada fácil. Quimioterapia e radioterapia afetam células como um todo, sejam tumorais ou não, provocando efeitos colaterais diversos. Alguns deles afetam o visual; logo, é muito comum que pacientes oncológicos procurem tratamentos estéticos para aumentar a autoestima. Mas realizar alguns procedimentos sem o devido acompanhamento médico pode ser perigoso.

Assista à entrevista da dra. Cristina Abdalla sobre complicações na pele em pacientes.

“A pele fica mais sensível durante o tratamento oncológico, e qualquer procedimento que empregue agulha e perfure a pele, como aplicação de toxina botulínica, acupuntura e cirurgias plásticas, aumentam o risco de infecção”, explica o Dr. Rafael Kaliks, diretor de Oncologia do Instituto Oncoguia.

Limpezas de pele, peelings, micropigmentação, tinturas e químicas capilares com amônia e o uso de óleos em massagens modeladoras também devem ser evitados. O dr. Sergio Palma, Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, ressalta que passar por tais procedimentos nesse período não vale a pena. “Eles são agressivos para a pele que já está ressecada e fragilizada e podem atrasar e colocar em risco a eficácia do tratamento.”

Vermelhidão, feridas e coceira são marcas de irritação que podem surgir ao longo do tratamento. O ideal é que durante a quimioterapia e a radioterapia, o paciente não use nada por conta própria e siga as orientações de um dermatologista que possa receitar cremes, sabonetes e outros produtos de higiene apropriados para o tipo de pele e o tratamento que está sendo seguido.

“Recomendamos que o paciente espere de 3 a 6 semanas após o encerramento do tratamento para realizar qualquer mudança estética, invasiva ou não. Ainda assim, mesmo após esse tempo é preciso consultar um médico para saber se a pele está pronta e saudável novamente”, esclarece a dra. Clarissa Mathias, oncologista Diretora da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica.

Cada paciente terá uma reação diferente ao tratamento ao qual está submetido, mas existem alguns cuidados gerais. A hidratação da pele, por exemplo, deve ser constante de acordo com a orientação da equipe médica. Outra recomendação geral é o uso de protetor solar, devidamente receitado pelo oncologista ou dermatologista, e de roupas adequadas para que a exposição ao sol seja reduzida possível.

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