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Projeto Pesquisa Clínica conclui primeira etapa levando benefícios a pacientes pelo Brasil

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“Que muitos mais centros de pesquisa pelo país possam ser beneficiados como nós
pudemos ser nesse processo de dois anos que estivemos juntos”
Poliana Albuquerque Signorini, oncologista clínica, CINPAM – Centro Integrado de
Pesquisa da Amazônia, Amazonas

“Esse projeto é muito importante. Esperamos que ele continue dando bons frutos agora
e no futuro, possibilitando que as pessoas tenham acesso a melhores tratamentos
oncológicos no Brasil”
Hyrlana Leal Barbosa Passos, oncologista clínica, Unidade de Alta Complexidade de
Oncologia (Unacon) do Hospital Dom Pedro de Alcântara, da Santa Casa de
Misericórdia, Feira de Santana, Bahia

“O Instituto Vencer o Câncer e seus parceiros têm propiciado a ampliação da pesquisa
clínica no Brasil, dando mais representatividade a todas as regiões e maiores
oportunidades de acesso a mais pacientes”
Ana Caroline Fonseca Alves, oncologista clínica, Hospital de Câncer do Maranhão
Doutor Tarquínio Lopes Filho, unidade estadual do Sistema Único de Saúde, São Luís,
Maranhão

“Esse apoio do Instituto Vencer o Câncer foi fundamental para que o Hospital Napoleão
Laureano, com mais de 60 anos de existência, pudesse retomar suas atividades de
pesquisa clínica e contribuir para a saúde e vida dos pacientes de todo o estado da
Paraíba”
Thiago Lins da Costa Almeida, diretor geral, Hospital Napoleão Laureano, João Pessoa,
Paraíba

Os depoimentos resumem as transformações promovidas na primeira etapa do
Projeto Pesquisa Clínica, realizado pelo Instituto Vencer o Câncer, com consultoria
técnica do LACOG (Latin American Cooperative Oncology Group) e patrocínio da
Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), Sindusfarma (Sindicato
da Indústria de Produtos Farmacêuticos) e Eurofarma. O objetivo é promover a
estruturação de centros de pesquisa em regiões carentes deste tipo de serviço.

O principal impacto desse trabalho, avalia Carlos Barrios, membro do Conselho
Científico do Instituto Vencer o Câncer e diretor do LACOG, é aumentar o número de
centros e de investigadores, assim como pessoal qualificado para a condução dos
estudos. “Dessa forma, aumenta acesso e melhora os desfechos de pacientes com
câncer, um desafio constante e diário para todos nós”.
O oncologista, que atua no Grupo Oncoclínicas e no Centro de Pesquisa em
Oncologia, Hospital São Lucas, PUCRS, acredita que o projeto é fundamental para criar
centros de pesquisa clínica em locais onde não existe essa estrutura bem estabelecida.
“É algo que tem um valor inestimável. A pesquisa clínica é uma atividade que beneficia
a todos os que dela participam, desde a instituição até o paciente”.
Por isso, pondera, criar um centro que possa oferecer novas alternativas de
tratamento a pacientes com neoplasias é realmente algo de impacto, além de permitir
o desenvolvimento profissional de outras pessoas, como médicos investigadores,
enfermeiras, farmacêuticas, biomédicas etc.. “Os benefícios são multiplicados à
medida que as atividades são desenvolvidas”.

Resultados dos centros

A primeira etapa do programa, de dois anos, promoveu importantes impactos.
Para Poliana Signorini (AM), graças à parceria com o Instituto Vencer o Câncer, o
centro está com pesquisa epidemiológica em conjunto com o LACOG. “Estamos com
pacientes em acesso expandido a medicação não aprovada no país. Conseguimos dar
esse acesso aos pacientes tanto do SUS quanto do privado”, comemora.
“Também temos um estudo intervencionista em câncer de colo de útero avançado,
que é um câncer bastante prevalente na nossa região, e estamos em processo de
questionário de viabilidade para mais outras pesquisas aqui para a região também.
Esse projeto foi um divisor de água para nós; melhorou nossa visibilidade,
credibilidade e estruturação do nosso centro, tanto física quanto a capacitação de
pessoal para que nos tornássemos competitivos no país”, acrescenta Poliana Signorini.
Hyrlana Leal Barbosa Passos (BA) avalia que com essa iniciativa podem oferecer
possibilidades de novos tratamentos, acesso a tratamentos melhores e mais eficazes
para os pacientes. “Temos, potencialmente, a capacidade de melhorar a sobrevida de
progressão, sobrevida global dos pacientes e melhorar sua qualidade de vida”.
“Ao longo desses dois anos do projeto conseguimos estruturar um centro de pesquisa
clínica em oncologia no Hospital do Câncer do Maranhão, que é o hospital da rede
estadual de saúde, completamente SUS”, explica Ana Caroline Fonseca Alves, e
acrescenta que receberam doações de importantes equipamentos, suporte técnico,
constataram melhorias nos fluxos e na qualificação da equipe, entre outros benefícios.
“Participamos de alguns estudos clínicos e conseguimos incluir muitos pacientes
nesses estudos. Em um deles oferecemos gratuitamente os pacientes testes genéticos

importantes, que trazem mais informações sobre suas doenças, sobre mutações que
possam levar a melhores tratamentos, e oferecemos também aconselhamento
genético para aqueles que tenham mutações hereditárias”, afirma Ana Caroline.
Thiago Lins da Costa Almeida (PB) conta que, com o suporte do projeto, conseguiram
otimizar a unidade de pesquisa clínica, com aprimoramento dos processos e dos
fluxos. “Respondemos vários feasibilities (estudo de pré-viabilidade) e, em breve, além
de diversos estudos retrospectivos que já participamos junto com o LACOG, teremos o
início de vários estudos prospectivos”.

Nova fase seguirá ampliando alcance em locais em que impacto será maior

Os resultados comprovam que a primeira etapa do projeto atingiu seu objetivo, de
“ampliar uma base de qualidade que permita a condução de protocolos de pesquisa
em todo o Brasil”, pontua Carlos Barrios. “A viabilidade do projeto ficou demostrada”.
Para a próxima fase, o oncologista avisa que haverá bastante trabalho, identificando
instituições e investigadores interessados, o que é fundamental para o sucesso.
“Procurar onde não tem, onde existem carências é certamente algo que vai ser crítico
para a próxima fase, identificar os locais em que o impacto será maior”, diz
“Esperamos que o exemplo positivo da primeira fase seja um estímulo para todos os
envolvidos e aumente o engajamento de toda a equipe”.

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