O que é o câncer no intestino ou câncer colorretal (câncer do cólon e reto)
O câncer que se origina no intestino é chamado de câncer colorretal, câncer do cólon e reto ou câncer de intestino grosso. Apesar do nome dar a ideia do acometimento de todo intestino, essa doença é predominantemente originada no intestino grosso.
Os tumores do intestino delgado ou intestino fino são muito raros. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) o câncer colorretal é o segundo tumor mais frequente tanto em homens quanto em mulheres e a terceira maior causa de morte por câncer no Brasil em 2020. Portanto, bastante frequente, representando um em cada 10 tumores diagnosticados.
Fatores de risco de câncer no intestino
O risco de uma pessoa desenvolver esse tipo de câncer durante a vida é de aproximadamente 5%. Cerca de dois terços dos tumores de intestino grosso se instalam no cólon, enquanto um terço tem origem no reto.
Ele acomete de modo relativamente semelhante homens e mulheres, geralmente depois dos 65 anos de idade. Mais de 90% dos casos ocorrem em indivíduos com mais de 50 anos. Entretanto, o câncer de intestino em jovens, isto é, em pessoas com menos de 50 anos dobrou entre 1993 e 2103.
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Os tipos de câncer no intestino (colorretal)
Adenocarcinoma
O adenocarcinoma é um tipo de câncer que se origina nas células glandulares, responsáveis pela produção de muco e outras secreções. Se desenvolvem a partir do revestimento interno desses órgãos e podem invadir tecidos adjacentes e se espalhar para outras partes do corpo se não forem tratados.
É responsável por mais de 95% dos casos. Dos tumores do cólon, aproximadamente dois terços dos adenocarcinomas localizam-se no lado esquerdo; os demais, no lado direito do cólon.
Tipos mais raros
São os tumores neuroendócrinos, o tumor estromal do trato gastrintestinal, conhecido também como GIST (da sigla em inglês), e os linfomas. Eles são responsáveis por apenas 5% dos casos.
Prevenção do câncer no intestino (colorretal)
A prevenção do câncer colorretal envolve a realização regular de colonoscopias, especialmente para aqueles em grupos de risco, como pessoas com histórico familiar de câncer colorretal ou doenças inflamatórias intestinais.
A colonoscopia não apenas diagnostica, mas também permite a remoção de pólipos que podem evoluir para câncer. Recomenda-se iniciar o rastreamento aos 45 anos para a população geral, ou mais cedo para os grupos de risco.
Além disso, mudanças no estilo de vida, como a prática regular de exercícios físicos, uma dieta rica em fibras, frutas e cálcio, também são importantes para reduzir o risco de desenvolvimento da doença.
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Diagnóstico do câncer no intestino (colorretal)
A colonoscopia é o principal exame para visualizar lesões no cólon. A retossigmoidoscopia pode ser utilizada para visualizar lesões no sigmoide e reto. Ambos os exames utilizam fibras ópticas com câmeras digitais, permitindo a visualização da mucosa intestinal e a realização de biópsias em caso de lesões suspeitas.
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Outros exames diagnósticos incluem tomografia computadorizada, ressonância magnética, PET-TC e enema opaco (menos utilizado atualmente). Para avaliar metástases, a tomografia computadorizada do tórax, abdômen e pelve é a mais indicada, enquanto a ressonância magnética é útil para avaliar o fígado.
Pacientes com câncer de reto necessitam de ressonância dedicada para avaliação local. A dosagem do antígeno carcinoembriônico (CEA) no sangue é útil para acompanhamento de pacientes já diagnosticados com câncer, mas não serve para rastreamento.
>> Leia aqui o artigo completo sobre diagnóstico do câncer colorretal.
Tratamento do câncer no intestino (colorretal)
O tratamento do câncer colorretal depende do estágio da doença. Nos estádios iniciais (I e II), a cirurgia é o principal tratamento, podendo ser complementada por quimioterapia. Nos estádios mais avançados (III e IV), além da cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia são essenciais, com a possibilidade de utilizar terapias alvo e imunoterapia.
A abordagem multidisciplinar é crucial para personalizar o tratamento e maximizar a qualidade de vida do paciente.
>> Leia aqui o artigo completo sobre tratamento do câncer colorretal.
Recaída do câncer colorretal
A recaída do câncer colorretal pode ser avaliada por características como grau de diferenciação, invasão dos vasos sanguíneos, margens cirúrgicas, comprometimento dos linfonodos regionais, invasão de órgãos vizinhos e obstrução ou perfuração intestinal.
Tumores bem diferenciados e sem invasão vascular, linfonodal ou de órgãos vizinhos apresentam melhor prognóstico. Valores elevados de CEA antes da cirurgia indicam maior agressividade.
A cura pode ser possível mesmo com metástases, dependendo do número, localização e resposta à quimioterapia. A avaliação desses fatores é crucial para determinar o risco de recidiva e planejar o tratamento adequado.
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