O tratamento do câncer de colo do útero no Estádio I depende da extensão do tumor e do desejo da paciente de preservar a fertilidade. As opções de tratamento incluem:
Cirurgia: A histerectomia (remoção do útero) é o tratamento mais comum para o Estádio I. Em casos de tumores muito pequenos (Estádio IA1), pode ser realizada uma conização, que é a remoção de uma parte do colo do útero.
Trachelectomia Radical: Para mulheres que desejam preservar a fertilidade, a trachelectomia radical (remoção do colo do útero e parte superior da vagina) pode ser uma opção.
Radioterapia: Pode ser utilizada em combinação com a cirurgia ou como tratamento primário para pacientes que não podem ser submetidas à cirurgia.
Quimioterapia: Em alguns casos, a quimioterapia pode ser utilizada em combinação com a radioterapia para aumentar a eficácia do tratamento.
Estádios II, III e IVA
Nestas situações, em que o tumor já cresceu além do colo e invadiu outras estruturas, a cirurgia não consegue ser radical e pode lesar os órgãos das proximidades, portanto não é realizada de rotina. O tratamento nesta fase é realizado com radioterapia na pelve associado ao tratamento com quimioterapia, seguida de uma fase de braquiterapia.
Estádio IVB
Nesta fase da doença, em que as células tumorais se espalharam para órgãos distantes, como pulmões, fígado e ossos, através da corrente sanguínea e/ou linfática, a estratégia é atacar as células malignas onde quer que elas estejam.
O tratamento de escolha nesta situação é a quimioterapia, administrada com o objetivo de reduzir os tumores, possibilitando controlar a doença pelo maior tempo possível.
Há também benefício da associação da quimioterapia com drogas que inibem a formação de vasos sanguíneos no tumor, sendo a medicação mais conhecida chamada bevacizumabe.
A imunoterapia tem sido incorporada no tratamento do câncer de colo uterino metastático. Recentemente o FDA (agência regulatória americana) aprovou a adição da imunoterapia chamada pembrolizumabe ao tratamento com quimioterapia e bevacizumabe para as pacientes com câncer de colo de uterino metastático. Ainda não há aprovação brasileira para essa combinação. Também há dados para o uso de imunoterapia para as pacientes que fizeram uso de quimioterapia com platina sem resposta ao tratamento. As imunoterapias utilizadas nesse contexto são o pembrolizumabe e o cemiplimabe, que ainda não foram aprovadas no Brasil nessa situação.
Atualização: Graziela Zibetti Dal Molin – CRM: 147.913 Oncologista Clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo Apoio: Dr. Daniel Vargas Pivato de Almeida – CRM: DF 27574 Oncologista Clínica no Grupo Oncoclínicas, Brasília-DF
Vídeo: Dra. Juliana Pimenta
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Antonio Carlos Buzaid é um destacado oncologista clínico, graduado pela Universidade de São Paulo, com experiência internacional nos EUA, onde foi diretor de centros especializados em melanoma e câncer de pulmão, além de professor na Universidade de Yale. No Brasil, dirigiu centros de oncologia nos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, e atualmente é diretor médico geral do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. CRM 45.405
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Fernando Cotait Maluf é um renomado oncologista clínico, graduado pela Santa Casa de São Paulo, com doutorado em Urologia pela FMUSP. Ele foi chefe do Programa de Residência Médica em Oncologia Clínica do Hospital Sírio Libanês e atualmente é diretor associado do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, além de membro do Comitê Gestor do Hospital Israelita Albert Einstein e professor livre-docente na Santa Casa de São Paulo. CRM: 81.930