Pular para o conteúdo principal

Câncer de endométrio | O que é?

O que é

O câncer de endométrio é um dos tumores ginecológicos mais frequentes. Acomete principalmente mulheres após a menopausa, em geral acima dos 60 anos. Apenas 20%, ou menos, das mulheres com câncer de endométrio estão na fase de pré-menopausa. Menos de 5% estão abaixo dos 40 anos de idade. O câncer de endométrio é um tumor altamente curável na maioria das mulheres.

Anatomia

O útero, que faz parte do sistema reprodutor da mulher, situa-se no centro da pelve, tem continuidade com a vagina e está preso à bacia através de lâminas de tecido conjuntivo, que são chamados de paramétrios. De cada lado do útero, passam duas estruturas tubulares, os ureteres, que levam urina dos rins para a bexiga.

Localização do útero.

Localização do útero.

O útero se divide em duas partes, a inferior ou colo do útero, que fica em contato com a cúpula da vagina, e a superior ou corpo uterino. O corpo do útero é constituído por uma camada muscular, mais externa, chamada miométrio, e por uma cavidade interna revestida por uma mucosa conhecida como endométrio, que descama e sangra durante a menstruação.

Na porção mais superior do corpo do útero estão localizadas as tubas uterinas, que são dois canais ligados aos ovários e no interior dos quais ocorre o processo de fertilização. Pequenos ligamentos colocam o útero em contato com os ovários.

Detalhes anatômicos do útero

Detalhes anatômicos do útero

História Natural da Doença

O câncer colorretal surge a partir de uma célula do revestimento interno do intestino, chamada de mucosa. Essas células podem crescer para o interior do intestino, formando proliferações como os pólipos ou mesmo os tumores. Quando essas células crescem em direção à profundidade do órgão, elas podem atingir a segunda camada, chamada de muscular, e com a progressão podem até atingir a última camada, chamada de adventícia ou serosa.

Com o crescimento do tumor em seu local primário, a lesão pode crescer mais e invadir os órgãos vizinhos, como a próstata e bexiga, ou mesmo perfurar para dentro da cavidade abdominal através do peritônio, membrana que reveste os órgãos abdominais.

Das últimas camadas mais externas originam-se toda drenagem venosa e linfática do intestino e, se as células malignas chegarem até lá elas têm a oportunidade de cair na circulação sistêmica e se disseminar.

A primeira via de drenagem converge para os linfonodos, que são estruturas de defesa do organismo. Quando as células chegam ao linfonodo, elas podem colonizar essa estrutura e fazer uma metástase linfonodal. Se essas células circularem pela corrente sanguínea, elas podem se instalar em outros órgãos e gerar as metástases viscerais.

Os locais de predileção para a instalação de uma metástase originada de um câncer de intestino é o fígado, mas também podem ocorrer implantes nos pulmões e no peritônio. Mais raramente, podem ocorrer metástases para o osso e para o cérebro. Os tumores do reto, em particular, tendem a acontecer primeiramente no pulmão, mas não exclusivamente.

Crescimento à distância do câncer de endométrio

Crescimento à distância do câncer de endométrio. Note que o câncer pode comprometer pulmões, fígado e ossos.

Crescimento local do câncer de endométrio

Crescimento local do câncer de endométrio. Note que o câncer, ao crescer, passa a invadir a mucosa e o miométrio, até chegar, por proximidade, aos órgãos vizinhos: vagina, colo do útero, ovários, reto, sistema urinário, migrando para os linfonodos pélvicos.

Tipos de câncer de endométrio

Carcinoma endometrioide

É o tipo mais comum, responsável por 80% a 90% dos casos. Ele se forma a partir das glândulas presentes no endométrio e costuma ser pouco agressivo.

Carcinoma seroso-papilífero

Representa o segundo tipo mais comum: aproximadamente 8% de todos os tumores endometriais. Apresenta maior agressividade e maiores chances de metástases, exigindo tratamentos mais radicais.

Carcinoma de células claras

É responsável por 1% a 3% dos casos. Costuma ser mais agressivo, mesmo quando diagnosticado em fase precoce.

Sarcomas

Correspondem a aproximadamente 3% a 5% dos tumores do corpo do útero. Originam-se na musculatura do corpo uterino (miométrio) ou no tecido que sustenta o endométrio (estroma). Em geral, são mais resistentes à quimioterapia e à radioterapia. Os sarcomas uterinos podem ser divididos nos seguintes subtipos: leiomiossarcoma, carcinossarcoma, sarcoma indiferenciado, sarcoma estromal e adenossarcoma.

 


Atualização: Dra. Graziela Zibetti Dal Molin – CRM 147.913
Oncologista clínica – BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
Apoio: Dr. Daniel Vargas Pivato de Almeida – CRM 27.574
Oncologista clínico – Grupo Oncoclínicas – Brasília-DF
Vídeo: Dra. Graziela Dal Molin

Selecione uma área para saber mais:

Prevenção

Saiba Mais

Fatores de risco

Saiba Mais

Sintomas

Saiba Mais

Diagnóstico

Saiba Mais

Tratamento

Saiba Mais

Recaída

Saiba Mais

Últimas notícias sobre câncer de endométrio

Atitudes contra o câncer

Tudo sobre cânceres ginecológicos – saiba como se prevenir

Setembro é o mês escolhido para a conscientização dos cânceres ginecológicos. O objetivo é alertar a população feminina para a importância do diagnóstico precoce, informar…
Atitudes contra o câncer

A importância de a mulher assumir o protagonismo de sua saúde – e da doença

Aproveitamos o mês em homenagem àquelas que levam os filhos e pais ao médico, para lembrar a importância de as mulheres assumirem o protagonismo da…
Notícias câncer de colo de útero

As diferentes faces dos tumores femininos e masculinos

O câncer afeta homens e mulheres de formas diferentes, seja em incidência de acordo com cada tipo ou pelos diferenciados efeitos que os fatores de…
Notícias câncer de endométrio
Atenção com tumores ginecológicos | Evitar Tratar Curar #46
Notícias câncer de endométrio
Câncer de endométrio: conheça os sintomas para diagnosticar precocemente
Notícias câncer de ovário
Cânceres ginecológicos: como prevenir