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Aumento da incidência de câncer de pulmão em não fumantes preocupa especialistas.

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Risco ainda é bem menor que em fumantes, mas em não fumantes o tumor pode demorar mais para dar sinais.

Embora o cigarro seja apontado como responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão, tem aumentado nas últimas décadas o número de não fumantes que desenvolvem a doença. Nos EUA, esse grupo representava de 8% a 9% do total de casos de câncer de pulmão nos anos 90. Atualmente, a taxa se aproxima de 20%.

Fatores de risco para não fumantes, como a poluição do ar e o fumo passivo, são reconhecidos pela ciência e, há algum tempo, integram o alvo de políticas públicas em vários países. A exposição a agentes carcinogênicos como a fumaça causada pela queima do diesel e mutações genéticas espontâneas também são responsáveis por provocar câncer de pulmão em pacientes que nunca tragaram um cigarro.

Veja também: Assista à entrevista com dr. Riad Younes sobre câncer de pulmão

Entretanto, os especialistas vêm chamando atenção para a exposição ao gás radônio, que já é, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a segunda maior causa de desenvolvimento de câncer de pulmão, atrás somente do cigarro.

Esse gás radioativo é liberado naturalmente pelo solo, permanecendo na atmosfera em quantidades inofensivas. Contudo, em regiões ricas em urânio, o volume de radônio é suficiente para entrar nas construções por meio de tubulações, fendas e rachaduras, acumulando-se ao longo dos anos e atingindo concentrações que podem ser danosas à saúde. Nesses casos, a recomendação dos médicos é que a população mantenha as janelas de casa abertas e faça a medição periódica da dosagem do gás em seu terreno. No Brasil, cidades como Poços de Caldas (MG) e Caetité (BA) apresentam taxas de câncer de pulmão mais elevadas do que a média por conta da exposição ao gás.

Diferenças entre tumores

Embora sejam tratados de forma similar, o câncer de pulmão em não fumantes é diferente do tipo que acomete os fumantes. Enquanto o primeiro é em sua grande maioria do tipo adenocarcinoma, o segundo é do tipo carcinoma de células escamoides. Nesse último caso, o tumor se desenvolve diretamente nas vias aéreas, resultando em sintomas imediatos: tosse ou tosse com sangue.

Já o adenocarcinoma, mais frequente nos não fumantes, cresce nas áreas exteriores do pulmão e não manifesta sintomas até que tenha se desenvolvido mais, o que representa uma desvantagem para esse grupo, que acaba demorando para buscar uma avaliação médica. Por outro lado, há estudos que indicam que os indivíduos que não possuem o hábito do tabagismo respondem melhor ao tratamento quimioterápico e apresentam maior taxa de cura em relação aos fumantes.

O câncer de pulmão é o mais comum de todos os tumores malignos e é altamente letal. Para 2018, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de que surjam 31.270 novos casos no Brasil. O diagnóstico precoce é a chave para aumentar as perspectivas de cura. Por isso, é importante cessar o consumo de tabaco e seus derivados. O hábito aumenta em 20 vezes o risco de se desenvolver a doença. Também fique atento e não deixe de consultar um médico em caso de tosse seca, fadiga, falta de ar e dores no peito.

Logotipo do Instituto Vencer o Câncer

O Instituto Vencer o Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada pelos oncologistas Dr. Antonio Carlos Buzaid e Dr. Fernando Cotait Maluf, com atuação em 3 pilares: (1) Informação de excelência e educação para prevenção do câncer. (2) Implementação de centros de pesquisa clínica para a descoberta de novos medicamentos. (3) Articulação para promoção de políticas públicas em prol da melhoria e ampliação do acesso à prevenção, ao tratamento e à cura do câncer.

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