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Novidade para tratamento dos cânceres hematológicos. Já ouviu falar em terapias CAR-T?

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O que é o tratamento com células CAR-T?

O CAR-T utiliza a terapia celular geneticamente modificada, a partir dos linfócitos do próprio paciente. Mas como isso funciona?

O nosso corpo conta com dois tipos distintos de linfócitos: B e T.

O linfócito B é excelente em reconhecer proteínas na superfície das células, inclusive tumores, contudo, não possui uma alta capacidade destrutiva desses tumores.

Já o linfócito T é o oposto: faz o reconhecimento com mais dificuldade, mas tem uma capacidade altamente destrutiva de células tumorais.

Assim, a terapia CAR-T transfere geneticamente o poder de reconhecimento do linfócito B para o linfócito T, garantindo que a célula tenha tanto o reconhecimento como o “poder de fogo” para destruir as células tumorais.

Todos os pacientes podem realizar o tratamento?

Em todos os casos, a elegibilidade para o novo tratamento depende sempre da avaliação médica rigorosa de um hematologista. O CAR-T foi aprovado para pacientes que já falharam em várias linhas de tratamentos, incluindo quimioterapia e até mesmo transplante de medula.

Segundo Dr. Phillip Scheinberg,  o coordenador da Hematologia do Centro de Oncologia e Hematologia da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer, o tratamento com CAR-T deve ser indicado para pacientes com uma doença de comportamento mais resistente ou refratário. O hematologista também afirma que um dos aspectos mais importantes será o encaminhamento no tempo correto para o CAR-T, evitando que se perca a janela onde esse tratamento pode ser utilizado.

A boa notícia é que, atualmente, há diversos protocolos de pesquisa desenvolvidos para trazer a terapia também em pacientes de alto risco, conforme estudos apresentados no último American Society of Hematology (ASH), o congresso de hematologia norte-americano realizado em 2021.

Após o procedimento, há um acompanhamento de curto e longo prazo para o monitoramento das reações do procedimento. Esse processo é importante para evitar uma possível redução das contagens de sangue em geral e na capacidade de produzir anticorpos. Vale ressaltar que todos os centros de referência como a BP foram treinados e estão aptos em todas as etapas do acompanhamento. Após esse período de 30 dias, o paciente está apto a voltar para casa.

Resultados

As terapias CAR-T começaram a ser testadas em 2009 e 2010. Os resultados desses estudos indicam que, em pacientes com linfomas refratários a múltiplas linhas de tratamento, as curvas de sobrevida têm se mantido em torno de 40%, ou seja, têm se mantido livre da doença. Para os pacientes com Leucemia Linfoide Aguda (LLA), os números são ainda melhores, em torno de 50 a 60% de sobrevida livre de eventos.

Para Dr. Phillip, o CAR-T está revolucionando o tratamento das doenças onco-hematológicas. E a expectativa é que os pacientes que mantiverem remissão, provavelmente, estarão curados se não apresentarem novas manifestações da doença.

Para mais informações, acesse aqui

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