Um estudo apresentado na conferência de imprensa da ASCO, o principal congresso de oncologia do mundo, que acontecerá em Chicago entre os dias 29 de maio e 2 de junho, mostrou que a nicotinamida (uma forma de vitamina B3) reduziu significativamente o câncer de pele não-melanoma e casos de queratoses actínicas. Tomada como uma pílula duas vezes ao dia, a nicotinamida reduziu a incidência de novos casos de câncer de pele não melanoma em 23%.
Conheça alimentos indicados para ajudar na sua ingestão de vitamina B3
Aprenda a identificar pintas que podem se tornar câncer
“É a primeira evidência clara de que é possível reduzir o câncer de pele com uma simples vitamina, segura, acessível e disponível na maioria dos países”, afirma o oncologista Antonio Carlos Buzaid, chefe geral do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes (COAEM).
Diona Damian, professora de dermatologia da Universidade de Sydney, Austrália, relatou os resultados do estudo de fase III ONTRAC, que envolveu 386 pacientes entre 30 e 91 anos que tiveram pelo menos dois tipos de câncer de pele nos últimos 5 anos. Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente para receber nicotinamida, um comprimido de 500 mg duas vezes ao dia, ou placebo, durante 12 meses. [relacionados]
Os resultados mostraram que a contagem média das lesões de pele aos 12 meses foi de 1,77 e 2,42 nos grupos de nicotinamida e de placebo, respectivamente. Os resultados foram similares para células basais e câncer de pele de células escamosas. Os pesquisadores também observaram que a nicotinamida reduziu as queratoses pré-malignas em cerca de 15% ao longo de 12 meses, em comparação com placebo.
Não houve diferença nos eventos adversos ou anormalidades laboratoriais entre os dois braços do tratamento.
“É uma nova oportunidade para a quimioprevenção do câncer de pele que pode ser rapidamente introduzida na prática clínica”, concluiu Buzaid.
