Última atualização em 21/06/2019
Em 2013, Angelina Jolie revelou que passou por uma mastectomia dupla de forma preventiva. Portadora de uma mutação genética no gene BRCA1 (responsável por produzir proteínas que previnem o crescimento descontrolado de células e, assim, protegem contra tumores) que está diretamente associadas a risco elevado de desenvolver câncer de mama e de ovário, a atriz tinha aproximadamente 70% de risco de desenvolver a neoplasia mamária.
Na época, a revelação causou um enorme frisson. “Durante três meses, muitas mulheres foram até meu consultório com dúvidas a respeito da cirurgia e, até mesmo, querendo ser submetidas ao procedimento”, lembra Dr. Alfredo Barros, mastologista do Hospital Sírio-Libanês. [relacionados]
Entretanto, a mastectomia dupla não é indicada para qualquer pessoa e é preciso ter cautela na hora de optar por esse procedimento, pois podem vir algumas insatisfações, principalmente estéticas. “Com o passar do tempo, as pessoas foram se informando mais a respeito da cirurgia, o burburinho foi acalmando e elas começaram a entender que não se trata de algo tão simples”.
O lado positivo é que uma figura como Angelina Jolie traz visibilidade para assuntos que muitas vezes não recebem a atenção midiática que merecem. “Por meio dessa notícia, algumas mulheres que não sabiam da existência da mastectomia dupla e, muito menos, da análise genética, vieram nos procurar e descobriram que eram portadoras de mutações genéticas”, afirma Barros.