A exposição às radiações é um fator de risco bem estabelecido para o desenvolvimento de câncer. Existem dois tipos principais de radiação: ionizante e não ionizante, cada uma com diferentes níveis de risco e mecanismos de ação no corpo humano. Este artigo explora como essas radiações podem contribuir para o risco de câncer e as medidas preventivas que podem ser adotadas.
Radiações ionizantes
O que são Radiações ionizantes?
As radiações ionizantes são aquelas que possuem energia suficiente para remover elétrons dos átomos, criando íons. Esse processo pode danificar o DNA das células, levando a mutações que podem resultar em câncer. As fontes naturais de radiação ionizante incluem raios cósmicos e radionuclídeos da crosta terrestre, enquanto as fontes artificiais incluem exames médicos como raios-x e tomografias computadorizadas, além de tratamentos de radioterapia.
Impactos na saúde
A exposição a radiações ionizantes pode causar vários tipos de câncer, incluindo câncer de tireoide, mama, pulmão, cólon, pele e leucemias. Os efeitos biológicos são cumulativos, o que significa que a exposição repetida, mesmo em doses menores, pode aumentar o risco ao longo do tempo. Estudos com sobreviventes de bombas atômicas e acidentes nucleares demonstram claramente a relação entre altas doses de radiação e o aumento do risco de câncer.
Radiações não ionizantes
O que são radiações não ionizantes?
As radiações não ionizantes são de baixa frequência e energia, insuficientes para ionizar átomos, mas capazes de mover átomos em torno de uma molécula ou fazê-la vibrar. Exemplos incluem campos de frequência extremamente baixa (como os gerados por eletrodomésticos), ondas de rádio, luz visível e radiação infravermelha. Fontes comuns incluem telefones celulares, redes Wi-Fi e micro-ondas.
Impactos na saúde
Embora as radiações não ionizantes sejam geralmente consideradas menos perigosas do que as ionizantes, há evidências de que a exposição prolongada a certos tipos de radiação não ionizante, como a radiação ultravioleta (UV) do sol, pode aumentar o risco de câncer de pele. A radiação UV é a principal causa de cânceres de pele, incluindo carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma.
Medidas preventivas
Redução da exposição
Para minimizar os riscos associados à radiação ionizante, é importante limitar a exposição a exames médicos que utilizam radiação, como raios-x e tomografias, apenas quando absolutamente necessário. A justificação e a otimização dos exames radiológicos são princípios fundamentais da proteção radiológica.
Proteção contra radiação UV
A melhor estratégia para reduzir a exposição à radiação UV é evitar o sol no meio do dia, usar protetor solar com fator de proteção solar (FPS) adequado, vestir roupas de proteção e usar chapéus e óculos de sol. Além disso, evitar o uso de câmaras de bronzeamento artificial pode reduzir significativamente o risco de câncer de pele.
Ambientes ventilados
Para minimizar a exposição ao radônio, um gás natural que pode se acumular em ambientes fechados e está associado ao câncer de pulmão, é crucial manter os ambientes bem ventilados e realizar testes de radônio em residências e locais de trabalho.
Conclusão
A exposição à radiação, tanto ionizante quanto não ionizante, é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de câncer. Compreender os diferentes tipos de radiação e seus impactos na saúde é essencial para adotar medidas preventivas eficazes. Limitar a exposição a radiações ionizantes, proteger-se contra a radiação UV e garantir ambientes ventilados são passos importantes para reduzir o risco de câncer associado à radiação.