Dr Abraão Dornellas
A imunoterapia tem revolucionado o tratamento de vários tipos de câncer, melhorando significativamente os desfechos dos pacientes, desde que as primeiras drogas foram liberadas no mercado, em 2011.
O princípio desta terapia é, basicamente, estimular o sistema imune do paciente a reconhecer e a combater as células cancerosas de uma forma eficaz. São utilizadas medicações, normalmente por via endovenosa, que têm como princípio destravar as defesas do organismo e permitir a atuação contra as células tumorais.
Imunoterapia é para todos os pacientes?
Já existem dados consistentes o benefício de imunoterapia tanto nos pacientes com tumores iniciais, mas especialmente nos pacientes com tumores avançados e metastáticos, com casos que apontam até para a eliminação completa da doença.
Podemos falar que a imunoterapia é uma opção promissora e que tem melhorado significativamente os desfechos dos pacientes com diversos tipos de tumores, como no câncer de pulmão por exemplo, em especial para pacientes com câncer de pulmão não pequenas células sem mutação drive.
Esses medicamentos também têm apresentado bons resultados em vários outros tipos de câncer como melanoma, tumores de mama, rim, bexiga, fígado, esôfago, estômago, vias biliares e colorretal e Linfoma de Hodgkin, dentre outros.
Quando a imunoterapia é indicada?
Devemos lembrar, no entanto, que a imunoterapia é indicada para casos específicos e pode, também, causar agressões ao organismo. Alguns efeitos colaterais, em especial algumas reações adversas que atacam o próprio corpo, gerando autoimunidades.
Por isso, pacientes que estão em tratamento com imunoterapia precisam de acompanhamento médico para controle e tratamento caso alguma reação adversa se desenvolva.
Abraão Dornellas é oncologista clínico no Hospital Israelita Albert Einstein e integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer
